quinta-feira, 31 de julho de 2014

Espécie em extinção: homem homem


Meu texto questionando onde foram parar os machos gerou muita repercussão e, como já esperava, histeria. O mundo está mesmo cada vez mais histérico, com “almas sensíveis” que chegaram ao poder (cultural, principalmente). A ditadura “velada” do politicamente correto não permite mais debates sérios sobre assuntos “delicados”. Isso ofende os sensíveis.
O que me espantou, porém, foi o grau extremo de analfabetismo funcional de alguns. Não entenderam nada do texto! É impressionante. Talvez pelo uso de alguns termos como “mulherzinha” ou mesmo “macho”, o cérebro deles já entre em método defensivo para proteger suas emoções, e o raciocínio é logo cortado.
Teve gente que realmente pensou que eu defendia o estilo ogro de “machão”, aquele que só falta bater em mulher para provar como é o mandachuva do pedaço! Teve gente ainda que pensou que eu sou contra mulher que trabalha! Oh, God! Deveria haver uma lei contra o abuso de estupidez… (Brincadeira, sou liberal e defendo o direito dos néscios de expressar suas estultices, sempre, e o estado não tem nada com isso).
Achei que ao colocar o cartunista Laerte de um lado e Clint Eastwood do outro iria facilitar a compreensão de que tipo de homem (ou macho) está em questão – ou extinção. Nem isso ajudou. Histéricos precisam da histeria como o poeta precisa da dor. O “mimimi” foi grande (apesar de as milhares de curtidas mostrarem que há esperança).
O mais engraçado de tudo, entretanto, foi a grande quantidade de “esclarecidos”, “moderninhos” e “tolerantes” que veio levantar suspeitas sobre minha própria sexualidade, como se eu fosse um gay enrustido, e o melhor, como se isso fosse uma enorme ofensa a mim! Notaram a deliciosa ironia e incoerência da turma? Eles, os que “toleram” tudo, querem me “atingir” insinuando ou me acusando diretamente de ser… homossexual! Risos.
Não coloquei no primeiro texto para não gerar ainda mais confusão, e pelo visto fiz bem. Mas existem homossexuais mais “machos” do que muito “macho” por aí. Quando Clodovil desafiou a patrulha em um discurso em defesa da família tradicional, por exemplo, teve uma atitude de macho, demonstrou coragem. Os gays também têm papeis sociais, e muitas vezes um deles é o “macho” do relacionamento, assumindo a postura de provedor e protetor. O ponto é que nem todo homossexual é “mulherzinha”.
O que ataco no texto é a imagem que querem fazer do macho moderno, que deve ser praticamente uma mulher, afeminado demais, sensível demais (critico o excesso, turma!), chorão demais, covarde demais, sem ter coragem de assumir certos fardos com dignidade. O macho sabe ser umgentleman quando necessário, mesmo diante do perigo. Escrevi sobre isso no Esquerda Caviar:
[Charles] Murray resgata um resumo do código de conduta adotado por todo gentleman do passado. Ser homem significava, basicamente, ser corajoso, leal e verdadeiro, aceitar as punições por seus erros, não tirar proveito das mulheres, ser um marido protetor, gracioso na vitória e  de espírito esportivo na derrota, ter a palavra como garantia contratual, dedicar-se  mais ao modo como o jogo é jogado do que à derrota ou à vitória, e, se diante de um  navio que afunda, colocar mulheres e crianças em segurança antes de se despedir com um sorriso no rosto.
O leitor mais jovem deve estar rindo, incrédulo. Mas isso já foi uma espécie de guia para muita gente. Quando o Titanic afundou, em 1912, a maioria dos sobreviventes era, de fato, composta por mulheres e crianças. Já por ocasião do naufrágio do MS Estônia, em 1994, com quase mil mortos, o grosso dos sobreviventes era de homens jovens. Há relatos de que se tratou de um verdadeiro “salve-se quem puder”. Uma mulher com a perna quebrada implorava por ajuda, e nada.
Será que não se fazem mais homens como antigamente? Estamos vendo a extinção dogentleman? Vale a pena ser um cavalheiro diante de mulheres que se orgulham da “marcha das vadias”? Tem certeza de que o mundo hoje, nesse aspecto, evoluiu? As feministas devem estar felizes com tais mudanças, ao menos aquelas que não foram deixadas para morrer…
[...]
O que me remete, para concluir, à outra contradição deles: querem respeitar tudo e todos, mas não respeitam justamente aqueles que defendem a importância da velha virilidade masculina. Não são tolerantes coisa alguma! Não suportam as diferenças, não aceitam que homens e mulheres possam ser complementares, diferentes, cada um com seu papel, função ou perfil. Querem abolir todas as linhas divisórias em nome da pretensa “igualdade” plena. São os mais intolerantes.
Hoje é celebrado no Brasil o Dia do Homem. Resta saber que tipo de homem se valoriza atualmente, e se as mulheres de verdade – não as feministas encalhadas ou as vadias em marcha – estão realmente satisfeitas com isso.
Rodrigo Constantino
http://veja.abril.com.br/blog/rodrigo-constantino/cultura/especie-em-extincao-homem-homem/

Um comentário:

  1. Europeus estão afeminados e as mulheres correm perigo

    Finalmente alguém falou o óbvio! E não foi um homem. Não foi alguém machista. Para desespero da mídia “progressista”, não foi Jair Bolsonaro! Foi uma jornalista dinamarquesa, Iben Thranholm, reclamando dos efeitos nefastos de décadas de feminismo, que tornaram o homem europeu um ser afeminado, deixando de lado virtudes tradicionais como virilidade, honra, coragem, coisas úteis para proteger suas mulheres e sua cultura. Quando o governo italiano abaixa as calças para o governo iraniano, escondendo suas estátuas nuas para não “ofender” o visitante, essa mensagem fica mais evidente ainda. Sou um machista reacionário neandertal por acreditar que ela está certa, que os homens deveriam, sim, senhor!, demonstrar uma postura mais firme, mais viril, para proteger as mulheres que são vítimas dos malucos islâmicos? Whatever. O rótulo é dado por “progressistas” que já foram, eles mesmos, lobotomizados pela era pós-moderna, gente que se refere a meninos e meninas como “meninx”, pois acredita em “identidade de gênero”. Eu prefiro ficar do lado da jornalista dinamarquesa. E do legado da civilização ocidental, hoje ameaçado pelas “almas sensíveis” que dominaram o mundo com seu vitimismo.
    Aqui em casa tem macho protetor, sim, para o “horror” das feministas recalcadas que adorariam ter um para chamar de “seu”; e se aparecer um maluco desses, que acha que pode abusar das mulheres porque elas andam de saia, será recebido por uma senhora porreta: a Sra. Glock!
    (Rodrigo Constantino)
    http://www.criacionismo.com.br/2016/06/europeus-estao-afeminados-e-as-mulheres.html


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