sábado, 24 de maio de 2014

16 conselhos para você fazer sucesso como um novo esquerdista descolado.

Autor: Nelson Camilo

1 – Não leia Marx, mas insista que ele está certíssimo. Em seguida, pegue seu iphone para lutar contra o sistema capitalista opressor. Socialismo no dos outros é refresco.
2 – Fique sempre e infinitamente à esquerda da esquerda. Se alguém que era de esquerda fez merda, diga que é de direita.
3 – Finja que os 100 milhões de mortos não existiram e que, sem o comunismo, eles ainda existiriam. Faça uma malabarismo retórico para imputar ao capitalismo as mortes causadas por assassinatos e guerras,
para que pareça que ele é tão mal quanto o comunismo.
4 – Não saiba o conceito de capitalismo e confunda-o com gente rica, bancos, instituições financeiras, os EUA etc. Não importa o conceito: o negócio é
dar uma de politizado.
5 – Não cite nada nem ninguém. Você sabe
que não passou da introdução d “O Manifesto Comunista”. Logo, crie conceitos e explicações sempre de estro próprio.
6 – Não questione as “mortes causadas pelo capitalismo” do item 3, mas suspeite sempre de quem disser que Stálin, Mao, Pol-Pot etc fizeram mal a uma mosca.
7 – Use termos como “caminhada, luta, contradição, sistema etc” unicamente por sua carga ideológica. Ninguém precisa entender o que você está dizendo. Afinal, construir um discurso compreensível é
coisa de burguês.
8 – Duas palavras: Capitalismo opressor.
Continue fingindo não ser marxista, mas aja como se a tese da opressão pelo capitalismo restasse demonstrada. Por quê? Porque Marx disse e você
é um alienado.
9 – Não há um indício sequer de golpe comunista à
caminho. O Foro de São Paulo não existe e não quer dominar a América Latina(e não tem ligação com as FARC).
10 – Chame de coxinha e fascista todo e qualquer um que questionar o seu modo de fazer justiça e política.
11 – Dê sempre um jeito de defender Cuba e botar a culpa nos EUA. Estavam oprimidos pelo capital antes? Agora o vilão é o embargo comercial dos “estadunidenenses”.
12 – Bolivarianismo não tem nada a ver com socialismo. Ambos são “sistemas jóias”. Basta ver a
história dos países socialistas e bolivarianos, como a Venezuela, que foram ótimos até agora com seus povos.
13 – Todos sabem: tem gente pra caramba fugindo de Miami para Cuba e a queda do muro de Berlim
foi para os capitalistas quebrados passarem para o lado comunista, ricão.
14 – Por mais matança que tenha havido na tentativa de aplicação das ideias esquerdistas à realidade, diga que nunca houve socialismo nem comunismo de verdade. O problema está na realidade,
porque a teoria, sabemos, é perfeita, mas a realidade não quer se dobrar a ela.
15 – Faça de tudo para jogar o fascismo e o nazismo no colo da direita. Mesmo que não haja nada de liberal neles, ignore os fatos históricos.
16 – Não debata com opostos. Debata só com quem concorda com você.

sexta-feira, 16 de maio de 2014

HISTÓRIA RECENTE DO BRASIL

Autor:  Carlos BT


1 Introdução. 
Todo estudo de história deve-se ter um marco, um ponto de partida: o nosso será a explosão da bolha americana, em 2008.
Muito similarmente com o que temos aqui, existiam títulos imobiliários securitizados, cujo valor se ancorava na expectativa de pagamento por parte dos que adquiriam o financiamento imobiliário.
Tais títulos, que foram avaliados como ótimos (pelas empresas de rating), após empresas de seguro (AIG) avalizarem a qualidade do crédito ali contido, simplesmente mostraram que eles se baseavam na concessão de muito crédito barato para uma população que não poderia pagar o montante que foi tomado ( subprime ).
2 Reflexos da crise no Brasil 
2.1 Nesta época, quando ainda as commodities brasileiras estavam com um alto valor no mercado internacional, acredito que Lula fez a coisa correta: incentivou o consumo a fim de impedir que a nossa economia fosse tragada pela crise que já assolava a Europa e a Ásia.
Ou seja, liberou-se o crédito, impulsionando o consumo.
Associado a tudo isto, houve um constante aumento de gastos públicos, sobretudo com o aumento da remuneração dos servidores públicos, em várias esferas governamentais.
Até então, tudo isto era apenas medidas emergenciais.
2.2 No âmbito internacional, a partir da crise americana, muito do capital veio para os países emergentes, e, no Brasil, grande parte dele migrou para as grandes construtoras que estavam lançando suas ações na Bolsa de Valores (IPO).
Tais empresas receberam um maciço aporte de capitais que as incentivaram a lançar e a construir, de forma quase que descontrolada, milhares de projetos de condomínios.
Juntamente com este aporte de capital que financiou as construtoras, os bancos oficiais ampliaram sua linha de crédito imobiliário para a classe média.
2.3 O PT viu que aí estava a chave para conseguir reeleger o sucessor do então presidente da República, bem como tentar obter uma hegemonia política “como nunca antes na história deste país”: a felicidade baseada no consumo; o consumo baseado no crédito.
A fartura de crédito, isto é, a felicidade sem limites, associada às políticas puramente assistencialistas (leia-se Bolsa Família), ambas, asseguraram a vitória de Dilma no 2º turno em 2010.
Tal crédito farto alcançou inclusive o financiamento imobiliário, com a criação do programa Minha Casa, Minha Vida, que pretendia financiar os imóveis para baixa renda, até R$ 150.000,00, o que deflagrou, quase que imediatamente, um aumento súbito e geral no valor dos imóveis em todo país.
3 Dilma Roussef: o caminho da catástrofe 
3.1 A presidente eleita se viu diante de um desafio: ela não possuía o capital político (muito menos a popularidade) que o seu antecessor detinha, construído em décadas de militância, nem detinha controle absoluto sob o PT, nem sob a “base aliada” de parlamentares no Congresso Nacional.
3.2 A presidente eleita, ao invés de desacelerar a fartura de crédito, logo no início do seu mandato, agiu de forma contrária: incentivou o consumo e ainda concedeu benefícios fiscais para setores cartelizados (veículos, linha branca) da economia brasileira a fim de que sua reeleição e a influência dos eu partido fossem ampliadas.
Um exemplo é o programa Minha Casa Melhor, que incentivava o consumo de eletrodomésticos, os quais ainda gozaram de uma forte isenção de IPI.
Ao lado desta medida de acelerar o consumo, mantendo ou ampliando o ritmo das medidas emergenciais de 2008/2009, o governo brasileiro ainda manteve uma constante expansão de suas políticas assistencialistas.
3.3Tais políticas assistencialistas fomentaram uma na qual uma significativa parcela da população simplesmente deixou de buscar emprego, isto é , ficou cada vez mais interessante para um percentual significativo da população, simplesmente, não trabalhar, gozando do crédito fácil (Minha Casa Melhor, cartões de crédito subprime, linhas de financiamento oferecidas por instituições financeiras menores etc) e também dos benefícios dados pelo governo (seguro-desemprego, as “bolsas assistencialistas”, auxílio acidente fraudulentos etc).
Resultado, a produtividade de inúmeros setores da economia caiu.
3.4 A fim de também incentivar o consumo, o BACEN, que passou a sofrer (e a aceitar) muito mais a pressão da presidente da República diminuiu a SELIC, o que incentivou ainda mais o fornecimento de linhas de crédito a custos menores.
Não houve controle do gasto público, ao contrário, só ocorreu o aumento de despesas com as despesas com a Copa do Mundo, Olimpíadas, funcionalismo e, claro, a corrupção, que praticamente se institucionalizou.
3.5 Note-se que não houve nenhuma significativa alteração na qualidade educacional da mão-de-obra brasileira, ao contrário, o analfabetismo até aumentou um pouco neste período; nem houve um significativo aumento da renda REAL do trabalhador brasileiro.
3.6 Diante deste cenário, com intensa concessão de crédito para consumo, sem aumento da produtividade, algo que parecia ter desaparecido do cenário brasileiro estava ressurgindo: a inflação.
Ao invés de aumentar a SELIC, que vinha sendo mantida bem abaixo de 10% há pouco mais de um triênio, desde o final do segundo mandato de Lula, decidiu buscar formas, digamos, “heterodoxas” para controlar a pressão inflacionária: manutenção artificiosa do preço dos combustíveis, gerando um sério problema orçamentário para a PETROBRÁS; e, também de forma artificiosa, “congelando” o custo da energia elétrica para o consumidor, fazendo com que o Tesouro Nacional (ou seja, todos nós), arcasse com os custo desta medida.
3.7 Nenhuma medida foi tomada para diminuir o ímpeto do consumo baseado na fartura de crédito.
A inflação, que já havia assolado o mercado imobiliário, fazendo com que o preço médio dos imóveis disparasse, fazendo com que uma gigantesca Bolha Imobiliária surgisse no país, também começou a passar para a área da prestação de serviços e bens de consumo.
Neste período, passou-se a sentir os feitos da grande estiagem que atingiu numeras regiões do Brasil, sobretudo o Nordeste.
3.8 Na véspera da Copa das Confederações, em 2013, revoltas incidentais (baseadas em legítimas críticas em face de problemas decorrentes da mobilidade urbana) contra o Governo de São Paulo e do Paraná, promovidas por movimentos sociais ligados ao PT, que pretendiam minar a populariedade destes governantes estaduais (de oposição), saíram do controle e se transformaram em uma onda de protestos nacionais, nos quais significativa parte da população passou a externar suas críticas contra um Estado que cobra muitos tributos, gasta mal e oferece quase nada em troca.
As críticas com os gastos com a Copa deram a tônica, já que a população passou a exigir um “padrão FIFA de serviços públicos”, fazendo alusão a diferença entre a (excelente) qualidade dos estádios construídos e a (deplorável) situação dos serviços básicos: saúde, educação e segurança públicas.
A resposta do governo, no início, foi uma tentativa de golpe, com a criação de uma Assembléia Constituinte limitada, a fim de construir um novo sistema político que viesse a favorecer o PT/PMDB. Tal proposta foi totalmente rechaçada pela mídioa.
Em seguida implementou-se o Mais Médicos, com a “importação” de médicos estrangeiros, sobretudo de 4.000 cubanos, para solucionar o problema de saúde no país.
3.9 O catastrófico segundo semestre de 2013: prenúncio da tempestade? 
O segundo semestre de 2013 foi um marco, pois registrou um dos piore momentos econômicos do Brasil desde o governo Collor: déficit absurdo na balança de pagamentos, crescimentos econômico pífio, desaceleração da economia, queda do consumo (fazendo com que as vendas do Natal fossem horríveis), aumento da pressão inflacionária, venda a baixo custo de direitos de exploração de bens públicos (rodovias e campos de petróleo).
Ao longo deste período, o FED começou a sinalizar que a oferta de dólares poderia diminuir, em curtíssimo prazo, com o aumento da taxa de juros dos títulos da dívida pública americana. Tudo isto provocou um terremoto nas economias emergentes.
A resposta do governo foi mais que estranha: tímido aumento da SELIC, contabilidade criativa para ajustar as contas públicas e mais fornecimento de linhas de crédito para a população, juntamente com manutenção inexorável dos programas assistencialistas.
Neste mesmo período houve o colapso do grupo econômico d o (ex) bilionário Eike Batista, com a venda das suas empresas e a decretação da recuperação judicial das mais significativas delas (OGX e OSX), que revelou que o BNDES havia investido bilhões de reais em um gigante com pés de barro.
O tema Bolha Imobiliária caiu na boca do povo, fazendo com que a população, cada vez mais notasse que não apenas os imóveis estavam com preços estratosféricos, mas também as mercadorias e serviços, às vésperas da Copa do Mundo.
3.10 2014: o ano do começo do desastre? 
No início de 2014, em janeiro, houve a primeira restrição de dólares por parte do FED e os BC da Índia e da Turquia, sobretudo desta última, fizeram com que a sua taxa de juros dos seus títulos, disparasse, fazendo com que o financiamento externo do Brasil ficasse mais escasso e desinteressante para os investidores.
A ida de Dilma, pela primeira vez a Davos (reunião de cúpula do G-20, também em janeiro de 2014), em nada contribuiu para melhorar o quadro, já que ela simplesmente pretendeu vende um cenário que não existe, sem nenhuma medida concreta impopular que venha a melhorar a situação econômica do país.
A seca na região Sudeste, além de trazer o risco iminente de desabastecimento da maior cidade do país, São Paulo, ainda provocou o primeiro grande apagão do ano de 2014, atingindo nove estados da Federação, incluindo São Paulo.
O Governo federal e o Governo do Estado de São Paulo, em uma disputa para ver quem desiste primeiro e decreta o racionamento, ignoram o recorde histórico negativo do sistema de abastecimento de água Cantareira e a gigante ausência de água nos reservatórios das Usinas.
No Rio de Janeiro, em uma manifestação contra a Copa do Mundo, um cameraman da TV Bandeirante é atingido por uma artefato e vem a falecer. Os autores? Dois Blackbocks. Tudo isto serve de pretexto para que o Governo do PT já dê início à apresentação no Congresso de projeto de lei que venha a limitar o direito de manifestação, já temendo o que pode vir a ocorrer na Copa do Mundo. Dilma Roussef anuncia que o exército será utilizado para conter as manifestações.
A crise econômica na Argentina se agrava, com a tentativa do governo de evitar o envio de dólares para o exterior. Tal momento econômico no apís vizinho afeta a economia brasileira, fazendo com que os carros da Peugeot e da Renault praticamente parem de ser exportados, tendo em vista a queda abrupta de compras pelo país vizinho
Na Ucrânia e na Venezuela, pipocam manifestações gigantescas contra os governos destes países. Na Ucrânia, o povo literalmente toma o poder, o presidente renuncia e é preso. Na Venezuela bolivariana, o governo, apoiado pelo Mercosul se sente à vontade para lutar contra os manifestantes.
As pesquisas de opinião pré-carnavalescas mostram uma significativa queda na populariedade de Dilma Rousseff, bem como um significativo aumento na rejeição à Copa do Mundo. Aécio Neves e Eduardo Campos tentam se aproximar politicamente.
Durante o Carnaval uma forte greve de garis levam os foliões do Rio de Janeiro a festejarem o período momesco, literalmente atolados em lixo! O Governo municipal, após ameaças, cede e negocia com os garis. A limpeza urbana só é regularizada após a quarta-feira de cinzas.
A crise da Ucrânia se aprofunda. O presidente é deposto e a Rússia apóia a secessão da Criméia, que após um plebiscito, decide ser anexada pela república russa. Tal crise internacional leva a Assembléia da ONU a repudiar tal ato. Os EUA mantém sua posição de repúdio contra a Rússia e, juntamente com países da União Européia, impõem embargos econômicos à Rússia e fornecem apoio econômico à Ucrânia.
A Marcha da Família com Deus, no Rio de Janeiro e em São Paulo, levam poucos manifestantes às ruas, mas a tônica do movimento simplesmente anuncia um clamo pela volta do regime ditatorial militar. Só em existir um movimento que venha a realizar uma manifestação pleiteando a volta dos militares já é um sinal, um indício, que a nossa democracia não está bem.
O Ministro da Fazenda anuncia que haverá aumento da conta de energia, mas que este só ocorrerá em 2015. Ou seja, durante este ano haverá um represamento deste e a conta ficará mais cara após as eleições. As contas da diminuição da tarifa de energia elétrica não está fechando e o governo não conseguirá evitar que o contribuinte seja penalizado. Em Brasília, corre o boato de que o aumento será de no mínimo 40%.
Em 20 de março de 2014 (no RosinhA’s Day ), todos os grandes portais da internet divulgam estudo do BACEN apresentando estudo em que trabalha com cenário de bolha imobiliária e com a crença de nossas instituições financeiras estão sólidas. Duas horas depois todas as matérias são revistas, ou são complementadas por novos parágrafos ou notícias proclamando aos quatro cantos que tudo está bem!
Crise na Petrobrás. Após nota oficial da Presidente Dilma Rousseff, estoura crise política envolvendo a Petrobrás e a misteriosa aquisição da refinaria de Pasadena, na Califórnia. Os telejornais (incluindo o Jornal Nacional), bem como as grandes revistas e jornais do Brasil focam a crise e há uma crença generalizada de que “Dilma pisou na bola”. A oposição consegue assinaturas mínimas para instalar a CPI mista da Petrobrás.
A agência Standart & Poors rebaixa a nota do rating da dívida brasileira, bem como de mais de uma dezena das grandes instituições financeiras (Banco do Brasil, CEF, BNDES, Bradesco, Itaú, Eletrobrás etc). O governo brasileiro emite nota repudiando veementemente esta reclassificação e rebaixamento, afirmando a que a luta pelo equilíbrio fiscal não mudou. No dia seguinte dados do BACEN mostram que a economia fiscal do governo para obtenção do superávit primário nunca foi tão pequena.
A chuva não vem. Os principais reservatórios de São Paulo e de Minas Gerais, responsáveis pelo abastecimento de água e de manutenção do sistema elétrico continuam em queda abrupta. Nem o Estado de São Paulo, nem o Governo Federal impõem racionamento. O ministro de Minas e Energias afirma, ao Wall Street Journal, admite a possibilidade de solicitar à população que consuma menos energia durante a Copa, para se evitar apagões.
Pesquisa CNI/Ibope retrata que a populariedade de Dilma Rousseff desaba 7 pontos percentuais. A pesquisa foi feita antes do escândalo da Petrobrás.
A Inflação não recua. O IGP-M indica uma tendência de inflação bem acima da meta, beirando os 10%. Há notícias de que a Caixa Econômica Federal não conseguirá se manter em 2015 se a União não realizar novos aportes de recursos. A União e a CEF estão atrasando o repasse de recursos para as empresas que estão construindo os empreendimentos do Minha Casa Minha Vida.
Estouram os vários escândalos da Petrobrás, decorrendo tudo da compra da Refinaria de Pasadena-CA. Após muito diante no Congresso e mandado de segurança impetrado no STF, são criadas CPIs para investigar a estatal petrolífera brasileira.
A popularidade de Dilma cai. Surge a Ameça de haver um segundo turno nas eleições. O movimento político “Volta Lula” ganha força, mas ainda não há uma explícitra sinalização positiva do ex-presidente. Dilma começa a ser vaiada em vários eventos públicos (Minas Gerais e Paraná).
Greves, protestos, manifestações assolam o país no início de maio. Faltando trinta dias para a Copa, em várias capitais do país o que se vê é uma sucessão de greves de várias categorias profissionais, além de manifestações do MTST e outros similares, sobretudo em São Paulo e Rio de Janeiro.
4 Conclusões 
4.1 A melhor forma de concluir seria apontar para o futuro, formulando perguntas que buscam resumir os desafios para o próximo presidente da República.
Será que o Governo conseguirá, em 2014: 
(a) desinflar a Bolha Imobiliária?
(b) retomar o controle da inflação?
(c) restringir o excesso de crédito (imobiliário e de consumo de bens móveis)?
(d) realinhar os preços dos combustíveis aos níveis internacionais, sem gerar inflação?
(e) realinhar os preços da energia, sem gerar inflação, nem custos adicionais para o Tesouro?
(f) recuperar o grau de confiança internacional na nossa economia e estabilidade econômica (grau de risco)?
(g) aumentar a SELIC sem gerar recessão?
(h) restringir os gastos públicos, limitando as despesas no Minha Casa, Minha Vida e nos nas Bolsas assistencialistas?
(i) a restrição ao consumo aumentará a crise do setor industrial?
(j) controlar o valor da moeda americana (US$) de modo a que não haja pressão inflacionária, em caso da diminuição da sua oferta por parte do FED?
(l) a grande estiagem que atinge o país perdurará a ponto de gerar um racionamento de água, além de apagões?
Como se vê, o não enfrentamento dos problemas estruturais da economia, em 2009/2010 levaram o governo brasileiro para dentro de um labirinto, cuja saída gerará uma alteração significativa na vida da nossa sociedade.
O que se nota é que há uma deterioração da economia mais rápida, mais intensa. Como será que Dilma se manterá até as eleições? O PT virá com Lula, ou com Dilma?

domingo, 11 de maio de 2014

SEM MULHER DO LADO, O HOMEM NÃO VIVE SOB PRESSÃO


Autor: Andirá 

Você por certo sabe que o casamento não é lá mil e uma maravilhas. Sabe também que é muito dificil agradar uma mulher numa relação estável, e que apesar disso tudo boa parte dos homens procuram algo sério com alguma mulher. Mas você alguma vez parou para analisar como é a vida de um homem sem uma mulher do lado? Ah já sei: você pensa que ele vive triste, deprimido, doido pra ter alguém para poder ter sexo e amar, não é verdade?
Não. Não é bem assim, meu amigo. A vida de um homem sem uma parceira fixa, longe de ser um problema, pode na verdade ser a melhor forma de vida do mesmo. Vou explicar o por quê disso agora.
O homem, desde cedo, é incentivado a estudar para depois se formar e arrumar um emprego. Desde cedo ele é pressionado para ter boas notas na escola com o intuito de passar de ano. Chegando na adolescência, ele se depara com outro tipo de pressão, que será mais frequente em sua vida, que é a de trabalhar para poder se sustentar e futuramente constituir familia. Algumas vezes ele se dá bem e consegue arrumar emprego logo. Outras vezes, ele demora muito para conseguir seu primeiro posto de trabalho, por causa da enorme exigência do mercado profissional. Assim, ao conseguir seu primeiro emprego ou negócio, ele logo começa a pensar em arrumar uma namorada. Então, ele sai a caça de mulheres, ora nas baladas, ora no carnaval, ora numa festinha entre amigos…o fato é que ele não quer ficar para trás dos amigos e ser motivo de chacotas por não pegar mulher alguma. Ele então para aumentar seu poder de barganha compra uma moto ou carro em prestações a perder de vista, tudo com o intuito de pegar a mulherada que ver pela frente. Então, dia após dia, ele está lá no trabalho, acordando cedo e chegando tarde em casa, porque tal trabalho consome boa parte do seu tempo. Terminando o serviço, ele às vezes sai com os amigos para tomar aquela cervejinha, e às vezes ele chama a namorada para sair para comer alguma coisa ou leva-la pra passear num local mais reservado para eles, indo parar muitas vezes no motel. Daí ele fica feliz porque está comendo alguém e ganhando dinheiro, que muitas vezes não dá para ele investir em algum patrimônio porque ganha pouco, e esse pouco que ganha é gasto com mulher.
“Depois de um certo tempo, a mulher não mais está contente com o mesmo, seja porque ele trabalha demais ou porque nunca tem grana o suficiente para poder bancar aos caprichos dela e comprar a sonhada casa própria, já que a essa altura do campeonato a mulher não quer mais viver na casa dos pais. Então ela começa com conversinhas “inocentes” sobre aprofundar a relação, morar junto e casar. Ele então, ao perceber que a mulher espera algo mais dele, logo trata de fazer algo para ter seu salário aumentado, fazendo horas extras ou procurando nos classificados uma oportunidade melhor de trabalho, com remunerações e benefícios maiores, de forma que possa ter condições de financiar uma casa própria e morar com a mulher que está com ele.
Quando consegue ser promovido ou arruma outro emprego, ele logo fica feliz, porque assim poderá adquirir o seu sonho – pra não dizer o da mulher – de comprar uma casa própria e o carro do ano. Mas por outro lado, percebe que suas responsabilidades cada vez aumentam mais, que tem que se qualificar ainda mais, manter-se sempre informado, fazendo cursos, participando de congressos, entre outras coisas, para se tornar um especialista de não sei lá o que para poder ganhar uma graninha a mais, que muitas vezes não é para ele gastar consigo próprio, mas sim pagar as contas de telefone celular, gasolina, energia, água, condominio, etc. Ah, tá certo que a mulher também trabalha hoje em dia e pode ajudar a custear as despesas. Mas será mesmo que ela está disposta a gastar metade do que ganha – que muitas vezes é uma mixaria – para ajudar a cobrir as despesas da casa, o lugar que está sendo comprado com a maior parte do dinheiro proveniente DELE e que é para o conforto dela? É RUIM, HEIN? Se puder, ela vai gastar tudo que ganha consigo mesma, pois na concepção dela o homem é quem tem que ganhar mais e arcar com as principais despesas.
Assim, o homem segue a sua vida, se cobrando constantemente por ter bons resultados no trabalho de forma a manter seu emprego e a sua familia, quase nunca gastando dinheiro consigo próprio, para o seu lazer, somente para manter as contas pagas em dia. Isso porque não mencionamos os filhos, porque aí que ele não terá sossego mesmo, ao saber que tem alguém que depende do esforço dele para ser alimentado diariamente. Assim segue o homem, se cobrando e sendo cobrado no trabalho, dando duro para enriquecer na maioria das vezes o seu chefe ao invés dele mesmo. Sem mencionar também que no seu contracheque vem um monte de impostos deduzidos, dinheiro que poderia ser juntado para comprar algo útil para ele ou para gastar em alguma coisa do seu agrado.
Quando chega as férias, ele pensa que está livre, leve e solto, que terá uma grana pra compensar o duro que deu o ano todo, mas percebe que o que ganha dá apenas para fazer uma viagenzinha com a familia para o interior, e que já tem que planejar o orçamento, sobretudo para comprar material escolar para os filhos para o ano que está para vir.
Nessa brincadeira toda, já se passaram 10, 15, 20 anos de relacionamento, e perguntamos a você, nobre leitor: quando é que esse homem vai parar para poder se divertir, fazer o que realmente gosta, o que quer? Que dia esse homem parou para descansar a mente, ler algum livro, se divertir com os amigos de infância ou do trabalho, relembrar bons momentos da época da juventude? que dia ele pôde se dar ao luxo de jogar uma sinuquinha, xadrez; jogar golfe, jogar aquela peladatodo final de semana? Ele bem que gostaria de fazer isso, mas percebe que além de o tempo passar rápido, seus amigos também estão enfrentando a mesma rotina dura que eles e não têm tempo para sair com ele.
E assim o homem envelhece, só podendo se dar ao luxo de fazer essas coisas quando se aposenta, mas muitas vezes ele já está mal, doente, de tanto estresse acumulado ao longo de sua vida com trabalho, mulher e filhos.
E a mulher, será que envelhece assim também, ou ela sai, se diverte e conversa muito mais com as amigas?
Será que a mulher tem o mesmo tanto de preocupação que um homem tem a ponto de deixar de lado os amigos e os interesses próprios para se acabar no trabalho e cuidando de filhos? Só se ela for mãe solteira ou viúva, porque do contrário elas envelhecem muito bem.
Percebeu como que é a vida de um homem que segue o sistema tradicional? Agora compara a vida do mesmo com a de um homem solteiro, que você verá que o mesmo estará isento de todas essas coisas estressantes e que pode com mais facilidade optar por ter o estilo de vida que quer, sem se preocupar com a pressão de ser mandado embora do trabalho e não ter grana pra sustentar mulher e filhos.
Por isso eu digo: homem sem mulher não vive sob pressão, só se quiser. Mesmo assim a pressão será apenas interna, jamais externa. Homem solteiro é mais feliz. Só não sabe disso…