segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

"Formação para a vida" aplicada para homens

fonte: http://manhood101br.blogspot.com.br/2012/12/formacao-para-vida-aplicada-para-homens.html


Segue uma fábula comumente contada para crianças. Ela fala sobre a importância de cumprir tarefas simples, mas até mesmo adultos podem tirar lições valiosas lendo o mesmo texto:

Reinaldo era um jovem príncipe, herdeiro de um grande reino. Toda manhã, ao despertar, recebia uma lista de tarefas que devia cumprir. Tarefas que o deixavam muito zangado, porque iam desde limpar os seus sapatos e vestes reais, organizar brinquedos e jogos, até lavar e escovar seu cavalo e organizar o seu quarto.



Embora não gostasse, em respeito a seu pai, o rei, ele obedecia. Mas não deixava de ficar olhando as terras e os campos infindáveis que pertenciam à sua família. Também os rebanhos, palácios e os súditos. No palácio, onde vivia, existiam muitos criados prontos para executar todas as tarefas. Por isso mesmo é que o príncipe não entendia porque ele mesmo tinha que limpar os seus sapatos.

Certo dia, ele foi convidado a visitar um pequeno reino para conhecer um príncipe de sua idade, com o intuito de estreitar amizade.


O contato com o herdeiro daquele reino fez Reinaldo pensar ainda mais em como ele era injustiçado. É que aquele príncipe tinha a seu serviço três servos. Até o banho era preparado por um deles. Nada de tarefas a cumprir. Era só dar ordens.

Quando regressou para sua casa, Reinaldo foi logo falar com seu pai:

“Não entendo”, disse ele, “porque o senhor faz isso comigo. Sou seu único filho e herdeiro. Por que devo cumprir tarefas? Devo ser motivo de risos entre todo o povo.” Vi hoje, no reino vizinho, o que um verdadeiro herdeiro deve fazer: somente dar ordens.”

O rei, paciente, perguntou ao filho: “como era o reino que você visitou? Era grande como o nosso?”

“É claro que não, pai. É muito menor que o nosso, mais pobre, tem menos súditos e o castelo real é dez vezes menor que o nosso. Veja bem, pai: se num reino pobre, o príncipe pode ter três criados para servi-lo, porque eu, num reino tão rico, devo fazer trabalho de criado?”

“Pois é, meu filho. Saiba que há anos atrás, o reino vizinho era vinte vezes maior do que o nosso. Nós crescemos, fomos ampliando e o reinado vizinho foi perdendo território. Seu avô sempre me dizia: ‘se você não pode sequer limpar os próprios sapatos, como poderá cuidar de todo um reino? Se você não é capaz de organizar seu próprio quarto, como irá governar todo um povo?'"


"As tarefas simples, Reinaldo, nos educam, nos preparam para executar as maiores. Para comandar é preciso saber fazer. Até mesmo para exigir qualidade. Se você nunca lavou as próprias vestes, como saberá se o outro as lavou bem? Apenas aceitará o que lhe entregam, da forma que vier."

"Os seus antepassados foram comprando as terras do reino vizinho, que as perdeu por não saber administrar. Talvez falte ensinar aos príncipes herdeiros lições de humildade, da importância do trabalho simples, diário. O que me diz, filho amado?”

O menino pensou um pouco, e declarou: “digo que tenho uma lista de tarefas para executar agora, e começarei limpando os sapatos que se sujaram de lama pelo caminho.”  

Podemos analisar esta fábula no contexto do livro "Os Princípios Que Regem a Interação Social". O livro, na parte 2, fala da importância de criarmos ordem em nossas vidas antes de assumirmos a responsabilidade de cuidar da vida das outras pessoas.

Isto quer dizer que você, agora, possa estar louco por um relacionamento amoroso. Você pode ter várias expectativas a serem satisfeitas de forma que esse namoro possa te satisfazer. Mas se você não tem nenhuma ideia de fazer num namoro, nenhuma ideia de como fazer com que sua namorada satisfaça suas necessidades, você não tem meios para fazer com que seu relacionamento seja satisfatório.

Se sua vida é uma bagunça, você não tem como criar ordem na vida dos outros. Se você não sabe controlar suas finanças pessoais, você não tem como controlar as contas da casa nem parâmetros para exigir que sua parceira gaste menos dinheiro; se você nunca cozinhou. você não tem como orientar sua mulher a fazer uma comida que você goste; se você jamais varreu ou limpou uma casa, você não tem como exigir que sua mulher limpe a casa de uma forma que você realmente ache satisfatório.

Sem autodisciplina adquirida, você não tem parâmetros para exigir algo bem feito de qualquer outra pessoa. Assim, uma dessas coisas acaba acontecendo contigo: 1) Você aceita tudo o que as pessoas fazem para você, do jeito que elas conseguem ou querem fazer (e que raramente ficam do jeito que você realmente gosta); 2) Você vira um sujeito mandão e estúpido que afasta as pessoas de você, devido à sua incapacidade de orientar as pessoas sobre como satisfazer suas expectativas.

Portanto, se você ainda não assume responsabilidades diárias consigo mesmo e nem toma pequenas iniciativas para se organizar pessoalmente, a hora de começar é agora. Adquira o hábito diário de arrumar seu quarto depois que acorda, comece a aprender a cozinhar, a tirar o pó das coisas, a lavar seu carro por si mesmo (nada de lava-rápido, trapaceiros!) e a adquirir o hábito de poupar dinheiro e/ou aplicá-lo em poupança/fundos de investimento/ações/etc. Aprenda a planejar em longo prazo. Com o hábito, você verá que essas pequenas tarefas te ajudarão a amadurecer para, aí sim, poder exigir qualidade e prestatividade das outras pessoas.

sábado, 21 de dezembro de 2013

10 ATRIBUTOS QUE TODO HOMEM DEVERIA TER

ROBERTO AMADO, 12 DEZ 2013
Aproveite o final de ano para fazer um balanço da sua vida e, caso ache necessário, chacoalhar as coisas em 2014.
A capa é opcional
A capa é opcional
Às vésperas de um novo ano, nada mais normal do que fazer um balanço de vida levando em conta os últimos meses. O padrão é considerar as conquistas e fracassos do ano e chegar a um resultado final. Mas, na verdade, pouco importa detalhes como o dinheiro que ganhou, os avanços profissionais, as conquistas amorosas — o tempo haverá de incluir esses fatos num conjunto homogêneo que é sua própria história de vida. O importante é olhar para trás e observar que você praticou alguns princípios fundamentais que formam a estrutura principal do homem. Veja alguns deles:
1# Ter idéias
Você desenvolveu alguma reflexão própria sobre a condição humana no planeta? Sobre a sociedade, o comportamento e a cultura do seu ambiente?
2# Questionar
Ser homem é questionar: leis, padrões sociais, regras, ideias pré-formadas e até tradições. Se não houvesse questionamentos, estaríamos ainda queimando bruxas em praça pública.
3# Pensar no presente
O bom senso vigente prega que devemos pensar no futuro. Mas o que existe mesmo é o presente. Se você pensa só no seu futuro profissional, futuro amoroso, futuro familiar, não está, na verdade, encontrando soluções e, sim, problemas. O seu problema, e da humanidade, é basicamente o presente.
4# Manifestar-se
Se é bom ter ideias e ideologias, melhor ainda se você consegue manifestá-las. Não vale fazer comentários no Facebook ou nos blogs da vida.  Manifestar-se é consolidar com ações efetivas, no trabalho ou na sociedade, aquilo que você pensa e acredita.
5# Impor-se
Não adianta você ser só mais um. Um cara padrão, sem personalidade, que apenas soma-se a uma massa uniforme de pessoas ou profissionais. Você tem que se destacar pelo que é, seja de maneira a favor ou contra. O homem que não se impõe não é nada.
6# Desenvolver-se
O desenvolvimento não é subir na carreira, melhorar seus índices esportivos ou aumentar sua lista de conquistas amorosas. É evoluir intelectualmente, adquirindo mais maturidade, capacidade de reflexão e visão abrangente sobre as questões da vida e da morte.
7# Gostar
É preciso ter seus próprios gostos e não adquiri-los de um padrão vigente. Você realmente gosta de passar os feriados numa praia lotada, depois de pegar nove horas de trânsito na estrada? Ou será que você prefere dançar um tango no clube de dança da esquina?
8# Adaptar-se
A vida é transformadora. E é preciso se transformar também, adaptando-se às variáveis. Isso não significa comprar a última versão de um celular. Significa, por exemplo, você ser capaz de adotar o transporte público, largando o carro em casa.
9# Reagir
A capacidade de reação aos desafios é essencial aos homens. Não confunda com o termo “reacionário”. Reagir é dar resposta imediata e adequada às imposições e opressões da sociedade. Reagir é reivindicar seus direitos, é não aceitar os desmandos que a sociedade cria a todo momento. Você não pode assistir passivamente a uma injustiça social, a uma ameaça ao bom senso, a qualquer tipo de discriminação e preconceito. Reaja.
10# Condescender
A capacidade de aceitar o outro mesmo que não haja concordância. A condescendência, ou seja, a tolerância com o comportamento e ideias alheias, é essencial. Em outras palavras, gentileza.

sábado, 30 de novembro de 2013

Modelo de Ação Indenizatória em desfavor do Aplicativo Lulu

TUTELA ANTECIPADA URGENTE


______________________, brasileiro, solteiro, acadêmico de direito, portador da cédula de identidade RG nº _______________, devidamente inscrita no CPF/MF sob o nº ________________, residente e domiciliado na Rua ________________________________________________________________, devidamente qualificado e representado por seu advogado (doc. 01), vem respeitosamente à presença de V. Exa., com fundamento no artigo 5º, incisos V e X, da Constituição Federal e nos artigos 186 e 927 do Código Civil, propor a presente

Ação de Indenização por Danos Morais

em face de Facebook Serviços On Line do Brasil Ltda. Rede Social, inscrito no CNPJ 13.347.016/0001-17, sediada na Rua Leopoldo Couto de Magalhães Junior, nº 700, 5º andar, CEP 04542-000, São Paulo/SP e Luluvise Incorporation, neste ato, por sua representante legal no Brasil, Caroline Andreis (docs. 2 e 3), com endereço na Rua André Bolzani, nº154, apt. 21 – N. Sra. De Lourdes -CEP 95.084-410 – Caxias do Sul - RS, pelos motivos a seguir aduzidos.

I – Dos Fatos

Em 25 de novembro de 2013, o requerente foi surpreendido em razão de ter sua imagem publicada indevidamente (sem qualquer autorização) em um aplicativo da internet denominado "LULU".

Tal aplicativo funciona a partir da sincronização do Facebook e permite que a usuária faça uma espécie de "resenha" de algum amigo, ex-namorado, ficante, etc., que seja seu amigo na rede social, ou ainda, que veja as impressões de alguém que achou interessante, mas não conhece.

Ademais, o sistema permite a avaliação da performance sexual de homens e é de uso exclusivo de mulheres. Avaliações estas que são feitas por meio de questões de múltipla escolha e de hashtags que representam pontos negativos e positivos, como "#filhinhodamamãe", "#nãovailigarnodiaseguinte" ou até mesmo "#caideboca" (como ocorreu no presente caso), ao final, o conjunto gera uma nota de 1 a 10.

Na página do avaliado no aplicativo são visíveis, somente para as mulheres, as hashtags relativas a tais avaliações, bem como a nota que é atribuída ao indivíduo, podendo, o público masculino, tão somente ter ciência da quantidade de visualizações que seu perfil teve.

Nesse passo, através da massiva divulgação por força do recente lançamento de tal aplicativo, e da inovação nos "serviços" prestados, o autor tomou ciência de que suas informações do facebook haviam sido importadas, sem sua autorização, para o "LULU"; de forma que foi obrigado, ante ao seu total desconhecimento de toda situação de funcionamento supra descrito, a efetuar o download de tal aplicativo, na tentativa de diminuir os transtornos, buscando o cancelamento de uma inscrição que, frise-se, nunca foi feita.

Além disso, não é demais destacar que as avaliações feitas em tal "serviço" digital são anônimas, e feitas de acordo com hashtags pré-estabelecidas pelo sistema, ou seja, trata-se de solo fértil e propício à propalação de danos de todas as índoles.

Com efeito, nas avaliações anônimas feitas no perfil do autor, encontram-se presentes as seguintes hashtags:

"#SempreCheiroso; #SemMedoDeSerFofo; #SobreviveNaSelva; #BarbaPorFazer; #SaiBemNaFoto; #MãosFortes; #VouProTanque; # PrimeiroAsDamas; #DiversãoSemLimites; #MãosMágicas; #OlhosClaros; # FicaNaDele; #Boy'sGotGame; #OShowDaFesta; #CaiDeBoca; #CheioDeSegredos; #TeAmoMeComeAgora; #QuerFazerNenem; #SemprePreparado; #AmigosGatos; #SabeDasCoisas; #JáAcordaGato; #RespondeSMSRápido; #DirtyTalkPro; #SafadoNaMedidaCerta; #ÉFelizTodoDia; #BomPartido; #SabeEscrever; #TodoOuvidos; #BebeSemCair; #Amorzinho; #DeixaAsInimigasComInveja; #PagaAConta; #BlockHisNumber; #NãoQuerNadaComNada; #NãoMeAma; #SemLimites; #DeletaHistorico; #ShouldComeWithAWarning; #AmigasDemaisNoFacebook; #NãoLigaNoDiaSeguinte" (docs. 4/6).

Pois bem, diante deste cenário é notória a imprudência praticada pela ré, porquanto se utiliza das informações pessoais do autor expondo sua honra, bom nome e a intimidade à milhares de usuárias do programa, violando flagrantemente preceitos e garantias constitucionais. Senão, vejamos.

II – Do Direito

a-) Dos Cânones Constitucionais.

É evidente que as redes sociais, como seus aplicativos tem atualmente um papel de extrema importância para sociedade, fazendo parte efetiva de todo o contexto social de nossa realidade "hipermorderna", todavia, a ordem constitucional é imperativa, e dotada de força normativa, devendo, portanto, os fenômenos sociais, de todas as índoles, pautarem-se pelos ditames preconizados pelo texto constitucional.

Nossa Constituição Federal, nitidamente, adotou como uma das premissas balizadoras, de nosso Estado, a tutela da intimidade, estando prevista no art. 5º, X, que afirma serem "invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação".

Como se nota, a opção Constitucional foi clara, de forma que não se justifica, ante o teor do texto constitucional, a conduta adotada pelas rés.

Indo mais além, não é demais frisar que no presente caso não há que se falar em liberdade de pensamento, livre manifestação, etc..., cânones de igual valor constitucional, porquanto nos termos da própria carta: "é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato", ou seja, o proceder supra relatado é duplamente inconstitucional: i) a uma porque viola a intimidade, a honra e a imagem, direitos fundamentais constitucionalmente positivados; ii) e a duas porque o proceder que propala tal violação é conivente com (e propicia efetivamente) o anonimato.

Estabelecidas tais premissas, a ordem constitucional assegura ainda: "o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem", ou seja, o anonimato, mostra-se absolutamente incompatível com tais premissas balizadoras de nosso sistema, assim como o aviltamento, in casu gratuito, despropositado e desmedido, à honra e à imagem.

b-) Da Vulneração aos Direitos do Consumidor.

Além dessas atitudes, claramente inconstitucionais, o "LULU", ao, necessariamente, exigir que o usuário faça o download do aplicativo, para que possa restringir o acesso às suas informações (que nunca tiveram seu uso permitido), bem como possa excluir sua conta (que nunca foi criada), rebaixa, igualmente, toda a parte principiológica informadora dos direitos do consumidor.

Isso se dá, em razão da relação de consumo estabelecer-se através de um contrato, que por natureza própria pressupõe o mútuo consentimento, e a vontade de usufruir do bem, ou serviço. No presente caso, a situação é diametralmente oposta, uma vez que as informações são captadas sem o consentimento do indivíduo, amplamente divulgadas, lhe sendo atribuídas certas, notas, somente sendo retiradas do ar, caso o aplicativo seja "baixado"; em suma, existe uma coação à utilização do produto, sob pena de que suas informações pessoais sejam utilizadas de forma nefasta, como de fato são!

Com efeito, o aplicativo "LULU" fornece o instrumento apto ao cometimento daquilo que, corriqueiramente, tem sido chamado de bullying virtual, sendo ainda mais grave, uma vez que para se evitar tais ofensas à honra e à imagem, há a necessidade de utilizar-se dos serviços de uma das rés, em razão da outra ter disponibilizado, frise-se, sem consentimento, as informações presentes em seu sítio eletrônico.

Nesse ponto, há que se destacar que o fato de possuir um perfil público em uma rede social, não legitima um aplicativo a importá-lo, sem o prévio consentimento, para utilizá-lo como meio material apto a concretização do instrumental de propalação de danos à honra, à imagem, etc... Seguindo essa linha, não é demais frisar que os direitos relativos à honra, à imagem, são direito inerentes à personalidade do indivíduo, portanto, de disponibilidade limitada, não se podendo cogitar aqui de qualquer espécie de autorização tácita.

Assim, a utilização de uma rede social eletrônica e a indevida utilização da imagem do individuo são coisas absolutamente distintas, e dessa forma devem permanecer.

Diante de todo esse cenário, mostra-se evidente a legitimidade passiva de ambas as rés, potencializada pela solidariedade que se impõe ex vi legis aos membros da cadeia de produção, pois somente se formou em razão do Facebook ter disponibilizado, sem autorização, as informações que possuía sobre o autor à Luluvision, de forma que, como já esclarecido, "coagiu" o autor ao download do aplicativo para evitar maior propalação de danos, sendo, portanto, evidente a aplicação dos arts. 2º, 3º e 7º, do CDC.

c-) Da Responsabilidade Civil.
Em estrita consonância com o texto Constitucional, o Código Civil de 2002 foi claro ao estabelecer a necessária responsabilidade do causador de determinado dano pela sua reparação.

Todavia, o parágrafo único do art. 927, excetuando a regra da demonstração material da ocorrência de culpa (lato senso), afirma expressamente que: "Haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, nos casos especificados em lei, ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem".

Diante disso, e nos termos já delineados, verifica-se que ao disponibilizar um serviço cujo potencial lesivo é imensurável, inegavelmente, incidiram as rés no disposto pelo parágrafo único do art. 927.

A propósito, são extremamente elucidativas as ponderações do saudoso Prof. Caio Mário da Silva Pereira, que, de forma lapidar, afirmou:

"(...) O Código Civil de 2002 não ficou imune ao desenvolvimento da responsabilidade civil sem culpa, tendo em diversas hipóteses previsto este tipo de reponsabilidade. A regra mais importante é a do parágrafo único do art. 927, que instituiu uma cláusula geral de responsabilidade objetiva, ao determinar que haverá obrigação de reparar o dano, independentemente de culpa, quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar, por sua natureza, risco para os direitos de outrem"[1].

Assim, a presente situação, é necessário que a responsabilidade imputável às rés seja apurada de forma objetiva, uma vez que a negligência de uma ao disponibilizar as informações constantes em seu banco de dados, sem autorização, e a imprudência da outra ao disponibilizar um serviço que somente tem como justificativa o ímpeto de manchar a reputação alheia, com classificações pré-definidas, que somente se prestam à propalação de danos.

É notório, portanto, o dever reparatório da ré em razão da agonia, do sofrimento, do sentimento de impotência propiciado pela utilização indevida de suas informações; que, dessa forma, devem ser devidamente indenizado nos termos da legislação vigente, valendo aqui, no dizer do Exmo. Ministro Cezar Peluso, que "o valor da indenização há de ser eficaz, vale dizer, deve, perante as circunstâncias históricas, entre as quais avulta a capacidade econômica de cada responsável, guardar uma força desencorajadora de nova violação ou violações, sendo como tal perceptível ao ofensor, e, ao mesmo tempo, de significar, para a vítima, segundo sua sensibilidade e condição sociopolítica, uma força heterogênea de satisfação psicológica da lesão sofrida" (STF, RE 447.584-7-RJ, 2ª Turma, j. 28.11.2006).

Ou seja, há que ser considerada a natureza tríplice da reparação dos danos morais: primordialmente, compensar a dor do ofendido, e, em segundo plano, atuar pedagogicamente, prevenindo a sociedade acerca de atitudes que comprometam a convivência harmoniosa, e, por fim punir o infrator.

Levando-se em consideração todos esses elementos, o valor de R$ 27.120,00 (teto deste juizado especial) pleiteado pelo autor a título de reparação dos danos morais nesta ação mostra-se razoável e compatível com o porte econômico e com as condutas praticadas pelas rés, que de forma injustificável, se utilizaram das informações do autor, coagindo-o a utilizar os serviços de determinado aplicativo, sob pena de ver sua imagem ainda mais denegrida.

Ademais, por mais que a angústia e a dor não possam ser monetarizados, dado o tríplice caráter da indenização, alguma decisões merecem destaque:

"Dano moral, na lição abalizada de Sérgio Cavalieri Filho, 'é a lesão de bem integrante da personalidade, tal como a honra, a liberdade, a saúde, a integridade psicológica, causando dor, sofrimento, tristeza, vexame e humilhação à vítima' (Programa de Responsabilidade Civil, 2ª edição, Malheiros Editores, p. 78).

A lesão a bem personalíssimo, contudo, para caracterizar o dano moral, deve revestir-se de gravidade que, segundo Antunes Varela, citado por Sérgio Cavalieri Filho, 'há de medir-se por um padrão objetivo e não à luz de fatores subjetivos'.

Assim, para que se configure o dano moral indenizável, a dor, o sofrimento, a tristeza, o vexame impingido, devem ser tais que, fugindo da normalidade, interfiram intensamente no comportamento e no bem estar psíquico do indivíduo, ou então, o fato deve repercutir negativamente no meio social em que vive.
(...)

Posto isso, JULGO PROCEDENTE o pedido, condenando a ré ao pagamento da indenização no valor de R$ 150.000,00, corrigido monetariamente a partir do ajuizamento da ação e acrescidos de juros legais de 12% ao ano a partir da citação. Condeno, também, a ré ao pagamento das custas, despesas processuais e honorários advocatícios que fixo em 15% sobre o valor da condenação"(Sentença proferida pelo MM. Juiz da 7ª Vara Cível da Capital – SP – processo nº 583.00.2009.194619).

"Considerando-se a tríplice natureza dos danos morais, a condição social e econômica das partes e a gravidade e extensão dos danos, arbitro a indenização em R$ 110.000,00 (...)" (Sentença proferida pelo MM. Juiz da 17ª Vara Cível da Capital – SP – processo nº 583.00.2010.134198-5).

Portanto, dada a circunstância fática que contorna a presente demanda, e vasta gama de dispositivos normativos aplicáveis, mostra-se como medida de rigor a reparação.

III – Do Valor do Dano Moral.

Certamente, cada propaganda veiculada pelas rés em seus sítios eletrônicos supera em muito o valor máximo que se pode pretender dentro do teto estabelecido para os Juizados Especiais.

Diante disso e tendo em vista tais limitações, requer o autor, sejam fixados os danos morais no importe de 40 salários mínimos (R$27.120,00).

IV – Da Tutela Antecipada

Ante as dificuldades operacionais proporcionadas pelo aplicativo para o cancelamento do perfil (que nunca foi criado), faz-se imperiosa a necessidade de concessão da antecipação de tutela, nos termos do art. 273, I, do CPC, haja vista a existência de fundado receio de dano de difícil reparação, dada a rapidez com que as informações se propagam aos meios eletrônicos e redes sociais.

Ademais, é de se destacar que a retirada do ar do "perfil" do autor, de forma alguma, implicaria em prejuízo para as rés, o que torna ainda mais nítida a plausibilidade do direito invocado pela parte autora.

Nesses termos, merece destaque o seguinte precedente deste Juizado: "Na estreita análise deste momento processual, próprio da cognição sumária, observo que as alegações deduzidas pela autora, cotejadas com os elementos constantes dos autos, bem demonstram a fumaça do bom direito e o perigo da demora, mormente porque, havendo divulgação indevida (não autorizada) da sua imagem, há claro prejuízo para sua honra e reputação." (Processo nº 0702263-96.2012.8.26.0016).

Igualmente, a decisão proferida nos autos da ação do processo nº 1087563-55.2013.8.26.0100:
"(...)
Com efeito, a honra e a imagem integram o rol de direitos da personalidade, tendo guarida no texto constitucional, no artigo 5º, inciso X. No mais, segundo o inciso IV da Carta Magna, a despeito de livre a manifestação de pensamento, é vedado o anonimato.

Nessa esteira, resta demonstrada a verossimilhança das alegações da parte requerente, extraída do conjunto probatório carreado com a petição inicial, especificamente das imagens do sítio mantido pela empresa requerida na internet. Por outro giro, o pericumlum in mora ficou evidenciado diante da imperativa necessidade de se obstar a lesão aos direitos da personalidade, fazendo uso, para tanto, da tutela inibitória (cf. Luiz Guilherme Marinoni e Sérgio Cruz Arenhart, Manuak do Processo de Conhecimento, 3ª Ed., São Paulo: Revista dos Tribunais, 2004, p. 484 e seguintes)

Com efeito, portanto, defiro parcialmente o pedido de antecipação dos efeitos da tutela jurisdicional, para o fim de determinar que Facebook Serviços Online do Brasil Ltda., na pessoa de seu representante legal, abstenha-se de disponibilizar, no prazo de cinco dias, os endereços eletrônicos...".

V – Do Pedido

Face o exposto, requer o autor:

a) a antecipação de tutela, nos termos do art. 273, I, do CPC, para que as rés retirem do ar o perfil do autor do aplicativo LULU, sob pena de multa diária;

b) sejam as rés condenadas no pagamento de indenização no valor de R$ 27.120,00 (vinte e sete mil, cento e vinte reais), a título dos danos morais propalados, bem como em razão da indevida utilização da imagem do autor;

c) pagar honorários advocatícios, calculados percentualmente sobre o montante da condenação, na forma do artigo 20 do Código de Processo Civil, e reembolsar a taxa judiciária e demais custas e despesas processuais, caso haja a interposição de recurso inominado;

d) caso V. Exa entenda necessário, seja oficiado o Ministério Público para que, constatando as ilegalidades e abusos praticados, requeira a retirada ou adequadação do aplicativo "LULU" em benefício da coletividade.

Nesses termos, requerem por fim a citação das rés, na pessoa de seus representantes legais, para que contestem a presente demanda, sob pena de revelia.

Protesta-se por provar o alegado por todos os meios de prova em admitidos em direito, sem qualquer exceção.

Atribui-se à causa o valor de R$ 27.120,00 (vinte e sete mil, cento e vinte reais).

Por fim, requer sejam as intimações processuais realizadas em nome do subscritor da presente.

Nesses termos,
pp. deferimento.

São Paulo, 26 de novembro de 2013.

Fábio Scolari Vieira
OAB/SP 287.475

[1] PEREIRA, Caio Mário da Silva, Instituições de Direito Civil, Vol. III, LXIII, p. 548, Rio de Janeiro: Forense, 2012.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

As 10 qualidades de um bom pai




O papel dos pais tem mudado muito em nossa sociedade; hoje é possível observar que são muito mais presentes e fazem questão de participar de forma ativa na educação e cuidados com os filhos.

A educadora Cris Poli, autora do livro “Pais Responsáveis Educam Juntos”, discorre sobre a importância da participação dos pais na vida das crianças. Ela ressalta que, assim como não existe uma mãe ideal, tampouco existe um modelo de pai, claro que não se pode esperar a perfeição. No entanto, algumas dicas podem ajudar essa nova geração de pais:

1- Seja um pai presente: Ser presente não é simplesmente estar junto, mas acompanhar e participar da vida do filho com frequência. Essa proximidade é importante para construir elos de confiança com a criança.

2- Construa uma relação afetiva: Carinho, atenção são sempre muito bem-vindos e contribuem para efetivar uma relação amorosa entre pai e filho. Cris Poli, no livro citado acima, ressalta que é preciso haver uma interação física com a criança também durante as brincadeiras. Criança precisa de afeto.

3- Não seja autoritário, mas tenha autoridade: É preciso não confundir; os pais modernos não desejam ser mandões, déspotas ou controladores. No entanto, é importante manter o poder paterno que faculta, entre outras coisas, a segurança que a criança precisa.

4- Cuidado com a permissividade: A relação afetiva e amigável com o filho não deve fazer com que você se torne excessivamente permissivo. Há que se manter o papel de pai, posicionando-se como tal, nada de "jogar" todas as decisões para a mãe.

5- Atenção ao exemplo: Como todo educador, o pai deve estar atento aos exemplos que transmite. Bom lembrar que um bom pai é, necessariamente, um bom homem, um bom marido, enfim, um bom cidadão. Suas ações sempre serão muito mais efetivas do que suas palavras na educação de seu filho.

6- Nunca prometa o que não pode cumprir: O que um pai fala para uma criança é tido como certo para ela; se você fala e não age, ela perderá a confiança em você. Se não tem certeza diga que fará o possível, mas não prometa.

7- Aprenda a dialogar com seu filho: Alguns homens têm grande dificuldade em conversar; dedique-se a desenvolver isso. Desde as primeiras fases da vida de seu filho acostume-se a falar com ele, assim, conforme ele cresce, acostuma a conversar com você.

8- Elogie mais e critique menos: Dando ênfase ao que seu filho faz de bom você o tornará mais acessível quando precisar ouvir críticas. Pais que só criticam criam barreiras, muitas vezes intransponíveis, entre eles e os filhos.

9- Quando errar, peça desculpas: Não existe perfeição no ser humano, assim, exemplifique humildade desculpando-se quando fizer algo que não condiz com o que deseja passar a seu filho. Dessa forma ele crescerá sabendo que você pode errar, mas sabe aceitar isso e busca se redimir.

10- Seja verdadeiro sempre: É essencial que seu filho reconheça a sinceridade em seus atos e palavras. Mesmo que possa parecer duro em algumas situações, a sua autenticidade fará de você um pai respeitado e justo.

Existem situações na vida que não importa quanto você se esforce, não há nada que você possa fazer para mudá-las. O importante é que seu filho perceba que você procura sempre dar o melhor de si por amor a ele e à família.


Fonte: http://ongpaisporjustica.blogspot.com.br/

Não precisa casar. Sozinho é melhor

O psiquiatra decreta a morte do amor romântico e diz que
a vida de solteiro é um caminho viável para a felicidade

Duda Teixeira
"Para os meus pacientes, eu sempre digo: se você tiver de escolher entre o amor ea individualidade, opte pelo segundo."
Com 41 anos de clínica, o médico psiquiatra Flávio Gikovate acompanhou os fatos mais marcantes que mudaram a sexualidade no Brasil e no mundo. Por meio de mais de 8.000 pessoas atendidas, assistiu ao impacto da chegada da pílula anticoncepcional na década de 60 e a constituição das famílias contemporâneas, que agregam pessoas vindas de casamentos do passado. Suas reflexões sobre o amor ao longo de esse tempo foram condensadas no seu 26� livro, Uma História de Amor... com Final Feliz. Na obra, a oitava sobre o tema, Gikovate ataca o amor romântico e defende o individualismo, entendido não como descaso pelos outros e sim como uma maneira de aumentar o conhecimento de si próprio. Tendo sido um dos primeiros a publicar um estudo no país sobre sexualidade, atuou em diversos meios de comunicação, como jornais e revistas e na televisão. Atualmente, possui um programa na rádio, em que responde perguntas feitas por ouvintes. Aos 65 anos, ele atendeu a reportagem de Veja em seu consultório no elegante bairro dos Jardins, em São Paulo.
"Os solteiros que est�o mal s�o os que ainda sonham com o amor rom�ntico. Pensam que precisam de outra pessoa para se completar. Como Vinicius de Moraes, acham que que '� imposs�vel ser feliz sozinho'. Isso caducou. Da�, vivem tristes e deprimidos."

Veja - 
O senhor diria para a maioria das pessoas que o casamento pode não ser uma boa decisão na vida? 
Gikovate - Sim. As pessoas que estão casadas e são felizes são uma minoria. Com base nos atendimentos que faço e nas pessoas que conheço, não passam de 5%. A imensa maioria é a dos mal casados. São indivíduos que se envolveram em uma trama nada evolutiva e pouco saudável. Vivem relacionamentos possessivos em que não há confiança recíproca nem sinceridade. Por algum tempo depois do casamento, consideram-se felizes e bem casados porque ganham filhos e se estabelecem profissionalmente. Porém, lá entre sete e dez anos de casamento, eles terão de se deparar com a realidade e tomar uma decisão drástica, que normalmente é a separação.
Veja - Ficar sozinho é melhor, então?
Gikovate - Há muitos solteiros felizes. Levam uma vida serena e sem conflitos. Quando sentem uma sensação de desamparo, aquele "vazio no estômago" por estarem sozinhos, resolvem a questão sem ajuda. Mantêm-se ocupados, cultivam bons amigos, lêem um bom livro, vão ao cinema. Com um pouco de paciência e treino, driblam a solidão e se dedicam às tarefas que mais gostam. Os solteiros que não estão bem são geralmente os que ainda sonham com um amor romântico. Ainda possuem a idéia de que uma pessoa precisa de outra para se completar. Pensam, como Vinicius de Moraes, que "é impossível ser feliz sozinho". Isso caducou. Daí, vivem tristes e deprimidos.
Veja - Por que os casamentos acabam não dando certo? 
Gikovate - Quase todos os casamentos hoje são assim: um é mais extrovertido, estourado, de gênio forte. É vaidoso e precisa sempre de elogios. O outro é mais discreto, mais manso, mais tolerante. Faz tudo para agradar o primeiro. Todo mundo conhece pelo menos meia-dúzia de casais assim, entre um egoísta e um generoso. O primeiro reclama muito e, assim, recebe muito mais do que dá. O segundo tem baixa auto-estima e está sempre disposto a servir o outro. Muitos homens egoístas fazem questão que a mulher generosa esteja do lado dele enquanto ele assiste na televisão os seus programas preferidos. Mulheres egoístas não aceitam que seus esposos joguem futebol. Consideram isso uma traição. De um jeito ou de outro, o generoso sempre precisa fazer concessões para agradar o egoísta, ou não brigar com ele. Em nome do amor, deixam sua individualidade em segundo plano. E a felicidade vai junto. O casamento, então, começa a desmoronar. Para os meus pacientes, eu sempre digo: se você tiver de escolher entre amor e individualidade, opte pelo segundo.
Veja - Viver sozinho não seria uma postura muito individualista?
Gikovate - Não há nada de errado em ser individualista. Muitos dos autores contemporâneos têm uma postura crítica em relação a isso. Confundem individualismo com egoísmo ou descaso pelos outros. São conceitos diferentes. Outros dizem que o individualismo é liberal e até mesmo de direita. Eu não penso assim. O individualismo corresponde a um crescimento emocional. Quando a pessoa se reconhece como uma unidade, e não como uma metade desamparada, consegue estabelecer relações afetivas de boa qualidade. Por tabela, também poderá construir uma sociedade mais justa. Conhecem melhor a si próprio e, por isso, sabem das necessidades e desejos dos outros. O individualismo acabará por gerar frutos muito interessantes e positivos no futuro. Criará condições para um avanço moral significativo.
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Veja - 
Por que os casamentos normalmente ocorrem entre egoístas e generosos?
Gikovate - A idéia geral na nossa sociedade é a de que os opostos se atraem. E isso acontece por vários motivos. Na juventude, não gostamos muito do nosso modo de ser e admiramos quem é diferente de nós. Assim, egoístas e generosos acabam se envolvendo. O egoísta, por ser exibicionista, também atrai o generoso, que vê no outro qualidades que ele não possui. Por fim, nossos pais e avós são geralmente uniões desse tipo, e nós acabamos repetindo o erro deles.
Veja - Para quem tem filhos não é melhor estar em um casamento? E, para os filhos, não é melhor ter pais casados?
Gikovate - Para quem pretende construir projetos em comum � e ter filhos é o mais relevantes deles � o melhor é jogar em dupla. Crianças dão muito trabalho e preocupação. É muito mais fácil, então, quando essa tarefa é compartilhada. Do ponto de vista da criança, o mais provável é que elas se sintam mais amparadas quando crescem segundo os padrões culturais que dominam no seu meio-ambiente. Se elas são criadas pelo padrasto, vivem com os filhos de outros casamentos da mãe, mas estudam em uma escola de valores fortemente conservadores e religiosos, poderão sentir algum mal-estar. Do ponto de vista emocional, não creio que se possa fazer um julgamento definitivo sobre as vantagens da família tradicional sobre as constituídas por casais gays ou por um pai ou mãe solteiros. Estamos em um processo de transição no qual ainda não estão constituídos novos valores morais. É sempre bom esperar um pouco para não fazer avaliações precipitadas.
Veja - Que conselhos você daria para um jovem que acaba de começar na vida amorosa? 
Gikovate - É preciso que o jovem entenda que o amor romântico, apesar de aparecer o tempo todo nos filmes, romances e novelas, está com os dias contados. Esse amor, que nasceu no século XIX com a revolução industrial, tem um caráter muito possessivo. Segundo esse ideal, duas pessoas que se amam devem estar juntas em todos os seus momentos livres, o que é uma afronta à individualidade. O mundo mudou muito desde então. É só olhar como vivem as viúvas. Estão todas felizes da vida. Contudo, como muitos jovens ainda sonham com esse amor romântico, casam-se, separam-se e casam-se de novo, várias vezes, até aprender essa lição. Se é que aprendem. Se um jovem já tem a noção de não precisa se casar par ser feliz, ele pulará todas essas etapas que provocam sofrimento.
Veja - As mulheres são mais ansiosas em casar do que os homens? Por quê?
Gikovate - As mulheres têm obsessão por casamento. É uma visão totalmente antiquada, que os homens não possuem. Uma vez, quando eu ainda escrevia para a revista Cláudia, o pessoal da redação fez uma pesquisa sobre os desejos das pessoas. O maior sonho de 100% das moças de 18 a 20 anos de idade era se casar e ter filho. Entre os homens, quase nenhum respondeu isso. Queriam ser bons profissionais, fazer grandes viagens. Essa diferença abismal acontece por razões derivadas da tradição cultural. No passado, o casamento era do máximo interesse das mulheres porque só assim poderiam ter uma vida sexual socialmente aceitável. Poderiam ter filhos e um homem que as protegeria e pagaria as contas. Os homens, por sua vez, entendiam apenas que algum dia eles seriam obrigados a fazer isso. Nos dias que correm, as razões que levavam mulheres a ter necessidade de casar não se sustentam. Nas universidades, o número de moças é superior ao de rapazes. Em poucas décadas, elas ganharão mais que eles. Resta acompanhar o que irá acontecer com as mulheres, agora livres sexualmente, nem sempre tão interessadas em ter filhos e independentes economicamente.
Veja - Como será o amor do futuro?
Gikovate - Os relacionamentos que não respeitam a individualidade estão condenados a desaparecer. Isso de certa forma já ocorre naturalmente. No Brasil, o número de divórcios já é maior que o de casamentos no ano. Atualmente, muitos homens e mulheres já consideram que ficarão sozinhos para sempre ou já aceitam a idéia de aguardar até o momento em que encontrarão alguém parecido tanto no caráter quanto nos interesses pessoais. Se isso ocorrer, terão prazer em estar juntos em um número grande de situações. Nesse novo cenário, em que há afinidade e respeito pelas diferenças, a individualidade é preservada. Eu estou no meu segundo casamento. Minha mulher gosta de ópera. Quando ela quer ir, vai sozinha. E não há qualquer problema nisso.
Veja - Quando duas pessoas decidem morar juntas, a individualidade não sofre um abalo?
Gikovate - Não necessariamente elas precisarão morar juntas. Em um dos meus programas de rádio, um casal me perguntou se estavam sendo ousados demais em se casar e continuarem morando separados. Isso está ficando cada dia mais comum. Há outros tantos casais que moram juntos, mas em quartos separados. Se o objetivo é preservar a individualidade, não há razão para vergonha. O interessante é a qualidade do vínculo que existirá entre duas pessoas. No primeiro mundo, esse comportamento já é normal. Muitos casais moram até em cidades diferentes.
Veja - É possível ser fiel morando em casas ou cidades diferentes?
Gikovate - A fidelidade ocorre espontaneamente quando se estabelece um vínculo de qualidade. Em um clima assim, o elemento erótico perde um pouco seu impacto. Por incrível que pareça, essas relações são monogâmicas. É algo difícil de explicar, mas que acontece.
Veja - Com o fim do amor romântico, como fica o sexo?
Gikovate - Um dos grandes problemas ligados à questão sentimental é justamente o de que o desejo sexual nem sempre acompanha a intimidade efetiva, aquela baseada em afinidade e companheirismo. É incrível como de vez em quando amor e sexo combinam, mas isso não ocorre com facilidade. Por outro lado, o sexo com um parceiro desconhecido, ou quase isso, é quase sempre muito pouco interessante. Quando acaba, as pessoas sentem um grande vazio. Não é algo que eu recomendaria. Hoje, as normas de comportamento são ditadas pela indústria pornográfica e se parece com um exercício físico. O sexo então tem mais compromisso com agressividade do que com amor e amizade. Jovens que têm amigos muito chegados e queridos dizem que transar com eles não tem nada a ver. Acham mais fácil transar com inimigos do que com o melhor amigo. Penso que, com o amadurecimento emocional, as pessoas tenderão a se abster desse tipo de prática.
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Veja - 
As desilusões com o primeiro casamento têm ajudado as pessoas a tomar as decisões corretas?
Gikovate - No início da epidemia de divórcios brasileira, na década de 70, as pessoas se separavam e atribuíam o desastre da união a problemas genéricos. Alguns diziam que o amor acabou. Outros, o parceiro era muito chato. Não se davam conta de que as questões eram mais complexas. Então, acabavam se unindo à outras pessoas muito parecidas com as que tinham acabado de descartar. Hoje, os indivíduos estão mais críticos. Aceitam ficar mais tempo sozinhos e fazem autocríticas mais consistentes. Por causa disso, conseguem evoluir emocionalmente e percebem que terão que mudar radicalmente os critérios de escolha do parceiro. Se antes queriam alguém diferente, hoje a tendência é buscarem uma pessoa com afinidades.
Veja - O senhor já escreveu colunas para jornais, revistas, atuou na televisão e agora tem um programa na rádio. O senhor se considera um marqueteiro? 
Gikovate - Sempre gostei de trabalhar com os meios de comunicação. Psicologia não é assunto para especialistas, mas de todo mundo. Faço essas coisas também porque é uma forma de entrar em contato com um público diferente do que eu encontro normalmente. Na rádio, respondo perguntas de gente tacanha, que jamais teriam condição de pagar uma consulta. Estão em um outro patamar financeiro. Mas o que dizem, é ouro puro. As colunas e programas de rádio que eu faço não me trazem clientes. Às vezes, só atrapalham. Em 1982, aceitei trabalhar com o Corinthians. Era a democracia corinthiana. Foi um balde de água fria na clínica. Imagine só, o Corinthians! Não foi o tipo de notícia que meus pacientes gostaram de ouvir. Eu fiquei lá dois anos. Meu pai ficava chocado com essas coisas, porque naquele tempo médico de bom nível não fazia essas coisas. Não estava nem aí. Quando eu me interesso por alguma coisa, eu vou. No mais, se eu fosse um simples marqueteiro, não teria durado 41 anos.
Veja - Apesar de todo esse tempo de clínica, o senhor atuou sozinho, longe das universidades. Por quê?
Gikovate - O mundo acadêmico está cheio de papagaios, que repetem fórmulas prontas. Citam sempre outros pensadores, mas nunca vão a lugar algum. Não têm coragem para disso. Esse universo, do qual eu acabei me afastando, é extremamente conservador. Não são eles que produzem as novas idéias. Muitos fingem que eu não existo. Diziam à pequena que eu era um cara muito pragmático, que levava em conta muito os resultados, o que é verdade. Os que mais gostam do que eu faço não são da minha área. São os filósofos, como o Renato Janine Ribeiro e a Olgária Matos. De minha parte, eu sempre fugi dos rótulos. Não me inscrevi membro da Sociedade de Psicanálise. Não sou membro de qualquer sociedade dogmática. Não sou sócio de nenhum clube. Sou uma pessoa de mente aberta. Nunca quis discípulos. Os meus discípulos, se um dia existirem, pensarão por conta própria. Se tiverem um monte de opiniões diferentes das minhas, seria ótimo.


Fonte: http://veja.abril.com.br/entrevistas/flavio_gikovate.shtml

Macho zeta

O macho zeta é aquele que se recusa a aceitar que rótulos como alfa ou beta decidam sua vida. Ele ignora manipulações, sejam elas por meio de sedução ou por chamadas à sua masculinidade. Ele se recusa a agir de uma determinada maneira só porque dizem que deve agir como homem. Ele não precisa escolher entre ser alfa ou beta, ele simplesmente ambos e decide o rumo da própria vida. O nome zeta vem da constelação zeta persei. Zeta é uma letra grega, o que significa que a nomenclatura macho zeta obedece aos padrões de nomenclatura com letras gregas como alfa e beta. O Persei vem do guerreiro Perseu, que venceu a Medusa, que na mitologia era uma mulher linda que exaltava a própria imagem e se orgulhava de seu poder de deixar homens a seus pés. O feminismo se valeu da imagem da Medusa para simbolizar a fúria feminina e a união das mulheres. Nada mais justo do que o masculinismo aproveitar a mitologia de Perseu que derrotou a Medusa e ainda foi capaz de usar sua cabeça como arma para derrotar o Kraken (ou Leviatã).

Fonte: http://new.spring.me/#!/lawlyetwallace/q/280851902135020593

O papel da masculinidade Zeta perante a escalada da degradação masculina

Rotineiramente mulheres me perguntam se sou casado. Mulheres que tenho que encontrar por causa do meu trabalho me perguntam isto, mulheres que tenho que conviver socialmente me perguntam isto e mulheres tanto solteiras quanto casadas vivem me perguntando isto, sem excessão. As vezes eles até avançam o sinal – e perguntam “onde está sua esposa?” ou já acham estranho e perguntam “porque você não se casou?”
Sou um homem de 41 anos, bem empregado, e sempre fui solteiro. Eu gosto disto, e não tenho planos para me casar, nunca. A razão disto é que para um homem o casamento não oferece nada mais que sacrifício e servidão. Parte disto vem da convenção moderna que transformou a antiga formação familiar, e parte por causa das mulheres da sociedade na qual convivo, com suas expectativas, direitos e qualidades.
Eu reforço minha posição mais uma vez, agora explicitando para que não tenha mais desentendimentos. Eu não sou um solteirão sozinho no mundo. Eu não “perdi” o casamento. Eu simplesmente vi, na juventude, que o casamento é uma construção que dá vantagens para um lado e imensos problemas e riscos sociais, legais e financeiros para o outro lado envolvido.
Eu amo ser solteiro. Eu amo minha autonomia social, a liberdade financeira e o fato que não tenho que dar satisfação para ninguém, só para mim mesmo. Sendo um homem com pouco mais de 40 anos eu também aproveito um nível de prestígio social e poder que venho construíndo em minha vida desde os meus 28 anos de idade. O poder social, sexual e pessoal de uma mulher sempre está preso a sua juventude, e atinge o seu pico por volta dos 20 e poucos anos. Nesta idade, eu estava mais ou menos à mercê das minhas contemporâneas, e sendo o tradicional “cara legal”, eu era praticamente invisível para elas e não tinha a mínima dominância social.
Em adição ao aumento natural do poder social de um homem conforme o tempo e seu esforços passam, eu também estou cada vez mais me desconectando com a pressão psicológica do conformismo masculino. Este é um produto da minha personalidade alegre e beligerante, mas também é por ter abraçado uma nova forma de auto identidade masculina, que será exposta mais para frente neste artigo.
Correlacionando a elevação do prestígio social de um homem tranquilo nos seus 30 e poucos anos em diante tem o fato gritante que entre as mulheres solteiras em desta faixa etária, e mais jovens – há uma insatisfação real. Isto geralmente é expresso na forma de perguntas retóricas “onde estão todos os bons homens?” ou “porque não há mais caras legais?” (Uma das respostas para isto pode ser lida aqui). A resposta para esta pergunta é a mulher, mas não simplesmente algo no senso de “mulheres são ruins”, quero dizer mais no sentido do sistema de leis e regras que nós temos atualmente.
Esta é uma sociedade feminista que tratam os homens como meros caixas eletrônicos e doadores de esperma, e se cada vez mais os homens passarem a ver isto sob os termos gritantes que usei agora, mais deles começarão a entender isto. A mídia muitas vezes repete que homens que fogem do matrimônio tem é “medo de se comprometer” e isto é claramente usado para humilhar homens que não aceitam ser bestas de carga ao assumir um papel de protetor que se auto sacrifica, de provedor e facilitador de uma mulher que, na presente cultura geral, os considera como meros animais domésticos.
Alguns comentadores sociais mais frouxos associam a independência masculina como um prolongamento da adolescência e suas irresponsabilidades. Michal Himmerl, o renomado apologista da supremacia feminina e que vive denigrindo a imagem dos homens, recentemente publicou um artigo que condenava a auto realização masculina usando esta tática de intimidação, com o título de “Terra dos Garotos”.
Kay Heimowitz, publicou “crianção na terra prometida”, outra tentativa nojenta de impor que a atitude masculina “correta” é a servidão à muler, e a auto realização masculina não passar de uma irresponsabilidade.
A idade adulta de um homem costumava ser começar uma família, ter filhos, comprar uma casa e ter outros símbolos de respeitabilidade social. Os homens de hoje estão cada vez mais evitando seguir tal caminho, e analistas sociais estão condenando tal escolha. Mas aqueles que acham irresponsabilidade os homens abandonarem os tradicionais indicadores de respeitabilidade masculina não querem enxergar um ponto importante.
Não há nada mais que valha a pena para os homens. Para um crescente número de homens que estão acordando para a realidade de viver numa sociedade feminista, não há nada atrativo, pelo contrário, há é um repelente para ele se tornar um bom maridinho, pai, provedor, protetor e besta de carga de uma família. Mesmo homens criados por mães solteiras, que foram criados com doses cavalares de senso comum feminista, estão rejeitando estas amarras que esta masculinidade “tradicional” oferece. A versão normatizada que as feministas impõem para ser um “homem de verdade” nada mais é que a especificação técnica de um robô operário que parece ter saído de algum filme de ficção científica. Serviço, auto sacrifício, altruísmo, abnegação, mas nada de realizações pessoais. Mesmo com a imposição sem fim que homens não passam de imbecis, muitos homens estão se tocando e rejeitando isto.
É claro que isto terá efeitos sérios a longo prazo. A marginalização de um homem na sociedade é um jeito garantido de se fazer que uma nação perca sua força competitiva. São os homens que trabalham na grande maioria dos serviços baseados em produzir e extrair recursos, assim como na produção. A mudança de uma economia baseada em fabricação e extração de recursos para uma baseada em serviços só levará ao colapso da economia nacional.
Entretanto, este nem é o efeito mais preocupante da degradação do homem na sociedade ocidental. Uma mera marginalização masculina na economia pode ser consertada em um perído de poucas décadas. O que está acontecendo em resultado da marginalização do homem é a redefinição autônoma da identidade pessoal entre aqueles homens mais alertas e mais fortes psicologicamente em nossa sociedade. Isto istá sendo discutido nos meios masculinistas sob o termo ainda não bem definido da masculinidade zeta.
A masculinidade zeta não é uma redefinição da rejeição geral da sociedade acompanhada de uma negação da realidade. Isto seria como renomear a palavra “vadia” da sua tradicional denominação de “mulher sexualmente irresponsável” para a definição preferida das feministas de “mulher independente”. Não, a emergente masculinidade zeta é uma construção social totalmente nova, e cada vez mais está provendo um novo caminho para a auto realização masculina e uma razoável liberdade social e financeira para os homens que a adotam. A masculinidade zeta é um modelo para a identidade masculina onde um homem pode ser bem sucedido, se realizar e prosperar – e neste mundo onde cada vez mais o homem é marginalizado, isto faz com que um macho zeta seja alguém extremamamente perigoso para a ideologia feminista.
No mundo real, a sociedade depende da inovação que os homens criam, do seu trabalho, da força masculina e de sua proteção. A “realidade” política e social tenta encobrir estas verdades inconvenientes, e a crescente feminização da sociedade precisa que os homens, marginalizados e criminalizados, paguem o pato e continuem a prover a força bruta para que a sociedade continue a funcionar. O surgimento do macho zeta ameaça esta exploração masculina, já que ele desafia o senso comum criado por esta sociedade que mantém a identidade masculina em constante desprezo. As táticas de intimidação usadas pela grande mídia contra homens que “fogem de suas obrigações” é baseada neste fato.
Nos meus antigos artigos como um masculinista, eu tinha o objetivo de evitar ou reduzir o real dano que a sociedade que a remoção da auto realização masculina poderia ter. Isto mudou. Os críticos da auto realização masculina, homens que “falham” em se conformar a satisfazer as vontades de uma mulher sabem muito bem os perigos de cada vez mais homens pulando fora desta armadilha e seguindo seu próprio destino. Eles tão certos em enxergar isto como malígno para a sociedade.
O que eu discordo destes críticos agora é em ter que investir neste atual status quo. Não é algo que vale mais a pena preservar.
Um sistema altamente corrupto não vale mais a pena ser salvo, e não vale o investimento de se tentar consertá-lo. A masculinidade zeta provê uma opção viável para a liberdade pessoal masculina. Como masculinista, sou um grande crítico da atual visão geral da sociedade feminizada. Ao invés de tentar consertar ou evitar as consequências negativas da marginalização masculina, eu prefiro é assistir de camarote uma sociedade que depende dos homens enquanto os criminalizam cair sob o peso de seus próprios erros.
Entretanto, antes que alguém me acuse de ser antissocial, frustrado ou qualquer outro termo perjorativo que o dicionário feminista sempre usa num momento desses; eu digo que as raízes dos meus valores pessoais são a ordem, a não violência e a paz.
Tenho pendurada na parede uma cópia da Carta Magna – não proque sou um fã autoritário de regras, mas sim porque aquele documento representa, ao meu ver, a fundação das liberdades civis individuais para os humanos na sociedade ocidental. Os países ocidentais foram pervertidos em uma sociedade proto totalitária que se uniu com uma indústria que promove a guerra entre os sexos, é algo trágico, mas eu não moverei uma palha para arrumar um sistema que se permitiu perverter. Eu darei risadas enquanto ele desmorona. Eu irei rir porque sei que há um outro caminho viável. O colapso potencial da sociedade civil não exige a pobreza universal e brutalidade de um mundo sem o caminho para a identidade masculina zeta exigiria.
É claro, os adeptos da cultura dominante atual de denegrir a masculinidade são bem-vindos para migrar sua visão de mundo para uma compatível com a masculinidade zeta, se eles têm a maturidade e para isto. Mas o convite não deve ser confundida com uma passagem livre ou de isenção de responsabilidade. Também não será um convite aberto para sempre.

domingo, 17 de novembro de 2013

Sucesso: a verdadeira vingança do Homem Honrado!

Fonte: http://nobreshomens.wordpress.com/2012/01/29/sucesso-a-verdadeira-vinganca-do-homem-honrado/

*Texto de autoria do Doutrinador postado por ele em seu “Blog do Doutrinador”.
Você estudou muito, tirava boas notas na escola, sentava na frente para não perder nada da
matéria, tinha respeito pelos professores e alunos… mas não pegava ninguém e elas sempre
saíam com os canalhas do fundão?
Você namorou por um bom tempo, teve boa fé no relacionamento, se apaixonou, ajudou a
namorada, comprou presentes, pagou divídas, era atencioso… e no fim acabou sendo traído ou
largado por algum canalha imprestável que a trata como lixo?
Você tentou seduzir uma garota, insistiu nela, foi educado, tratou bem, ela lhe deu muitas
esperanças, você se empolgou… mas quando você achava que ela diria finalmente o “sim”, foi
surpreendido com ela ficando com outra pessoa e esquecendo completamente de você?
Você não é o único a se revoltar com isso. Vários casos como esses acontecem todos os dias.
Mulheres que dão o vigor da juventude para canalhas e “sossegam” quando estão trintonas e
acabadas, garotas que vilipendiam nerds e ficam com os bombados do fundão, engravidam de
marginais e depois procuram um homem honesto pra assumir a cria, perdem a virgindade com
cafajestes e oferecem o resto para bonzinhos… não faltam exemplos de casos onde homens se
decepcionam nos relacionamentos.
E muitas vezes, com essas decepções o homem resolve partir para crimes passionais,
desespero, suicídio e outras atitudes desesperadas visando se vingar da agressão emocional
que sofreu.
PORQUE A DECEPÇÃO NOS RELACIONAMENTOS DÁ ORIGEM A CRIMES PASSIONAIS
O homem moderno é bombardeado de todos os lados com anúncios e dizeres de que as
mulheres querem homens românticos, bonzinhos, que detestam canalhas e cafajestes, que
detestam marginais, que querem uma alma gêmea com quem compartilhar uma vida amorosa
honesta, que querem viver uma relação verdadeira como nos filmes, novelas e romances etc.
Desde o berço, o homem moderno acredita que deve ser bom com as mulheres, que deve
estudar muito para ser bem sucedido e que mulheres buscam um bom marido. Por isso, o
homem se sente traído, impotente e injustiçado diante de tanta canalhice, quando vê que todo
aquele mundo colorido pintado pelo romantismo simplesmente não existe na vida real. Tudo
que ele acreditava desde o berço é esmagado impiedosamente por mulheres modernas que “só
querem curtir os errados enquanto os bons não aparecem” – ou seja, curtir os errados
enquanto convenientemente não enxergam os bons a sua volta.
A decepção para um homem moldado pelo romantismo hipócrita é inevitável. Todos aqueles
que acreditam que os ser humanos – e em nosso caso as mulheres – são perfeitos, puros,
honestos e infalíveis irá se decepcionar. Quanto mais apegado um homem estiver a mitos
como o amor romântico, a pureza e santidade femininas, maior será o golpe em sua
moleira quando ele cair na real.
PORQUE A VINGANÇA É UM TIRO NO PÉ
Muitos acham que a melhor saída para a decepção nos relacionamentos é a vingança. Mas
sempre fazem isso dentro de um contexto irracional, quando estão irados, apegados e afetados
pela desilusão. Acham que é questão de honra sair por aí perseguindo a ex-namorada que o
traiu e muitas vezes chegando a extremos irracionais como a agressão.
Acham que a saída é se vingar difamando a ex-namorada por aí, e que com isso estão livres do
apego. Esses imbecis não percebem que o ódio nada mais é que um sentimento de apego tão
forte quanto a paixão. E assim como a paixão, o ódio limitará o horizonte do homem,
impedindo que ele evolua na vida e faça novas conquistas.
Agora pare e use o cérebro para pensar: se o ódio gera apego e limita o seu crescimento,
como você vai superar uma desilusão e vencer na vida? Como quer mostrar superioridade
através de uma vingança sendo que seu ódio só comunica que você é um verme dependente
em sentido emocional? Parem para pensar, burros!
A vingança não tem utilidade nenhuma. É que eu, a Bíblia e Seu Madruga pensamos. Tudo que
você conseguirá ao perseguir sua ex-namorada é ficar ainda mais apegado a ela e comunicar a
todos os outros que não passa de um verme dependente, de um homem imprestável que
aceitou que uma vadia qualquer o levasse para a lona.
Tudo que você conseguirá ao difamar sua ex por aí é um processo no meio do rabo para
aprender a deixar de ser paspalho.
Tudo que você conseguirá ao agredí-la fisicamente é um carro de polícia na sua porta te
levando pra cadeia e acabando com a sua vida.
Tudo que você conseguirá ao se suicidar por causa de uma desilusão amorosa é dizer ao
mundo que é um fracassado que tirou a própria vida, decepcionando pais e pessoas que
acompanharam seu crescimento com esperança achando que você seria um vencedor,
enquanto ela sai com cafajestes por aí e se diverte dando pra outros caras enquanto lembra de
você da mesma forma que lembra de uma mosca morta.
Você, que estava certo na história, agora será o vilão que perdeu completamente a razão ao
dar um tiro no próprio pé. É isso que você quer?
Não façam isso.
A saída para a decepção nos relacionamentos não é outra senão o desenvolvimento
pessoal. A capacidade de levantar após um baque violento e seguir em frente. A capacidade
de se desprender de sentimentos limitantes como a paixão e o ódio para poder crescer e vencer
na vida. A capacidade de se reerguer ara provar a todos os canalhas e imprestáveis que fizeram
pouco de você o quão você é forte e capaz de vencer! Essa é a melhor resposta!
O tempo prova que o desenvolvimento pessoal, e não a desistência dele, é a melhor vingança
que pode existir.
PORQUE O SUCESSO É A MELHOR VINGANÇA
Muitas das mulheres que o vilipendiaram no auge, lhe rejeitando e cuspindo na sua cara, lhe
traindo com marginais e canalhas e lhe trocando por imprestáveis, terá o tempo como
vingança.
No meu texto “3 bilhões de mulheres e você aí chorando”, expliquei porque não há motivos
para se desesperar por perder uma mulher, acreditando que ela era única. Não existe almagêmea,
há bilhões de mulheres interessantes por aí. Não acredite nesses mitos.
Canalhas e cafajestes só querem extrair o néctar das mulheres e jogar o bagaço fora. Eles não
vão assumí-las quando estiverem trintonas, com peitos caindo, bunda flácida e perdendo
mercado para as novinhas. Por isso, o destino da mulher que trata a si mesma como uma
mercadoria é depreciar violentamente com o passar do tempo, terminando sozinha e com seu
principal pilar de destaque (o corpo) decaindo.
Por isso, não perca tempo arquitetando vinganças. Use esse tempo para se
desenvolver, evoluir profissionalmente e ganhar dinheiro. Deixe que o tempo
implacável aplique a punição nelas pelo seu comportamento injusto. Quando você
estiver por cima, ela estará por baixo, sem você ter sequer movido uma palha contra
ela. Então você poderá colher os frutos do seu sucesso vendo ela se depreciar com o
tempo, se desesperando e virando motivo de chacota para cafajestes.
As mulheres sabem disso e sempre que terminam uma relação, tentam manter o ex apegado e
próximo a ela. Fazem isso para se certificar de que eles continuem apegados e,
consequentemente, incapazes de evoluir ou se desenvolver desprendendo-se dos grilhões
impostos pela paixão. Com isso, o ex ficará sempre disponível para quando ela perder o status
perantes os cafas e garanhões.
Jamais permita que uma mulher, por mais canalha e injusta que seja, e por mais suja que for,
lhe tire a vontade de vencer na vida e evoluir. Responda a quem lhe agrediu arregaçando as
mangas e buscando seu sucesso. Por mais doloroso que seja, responda a quem cuspiu na sua
cara mostrando que você é muito mais forte e superior do que pensam.
Não largue faculdade, não abandone emprego, não seja demitido, não perca o gosto
pela vida, não pense em desistir de tudo, não abandone sua família por causa de
mulher! Ninguém vale esse preço!
Sua vida não acaba quando uma mulher diz que acabou. Quem são elas pra botar o dedo na
sua cara e dizer onde sua vida começa ou termina? Não seja um verme! Cresça, evolua e deixe
aos outros as dores de ver você vencendo.

“Você deixou de ser você , agora deixa as pessoas botarem o dedo na sua cara e dizerem que
você não é bom…”
“…e quando fica difícil, você procura alguma coisa para culpar como uma sombra.”
“Eu vou dizer uma coisa que você já sabe. O mundo não é um grande arco-íris. É um lugar
sujo, um lugar cruel que não quer saber o quanto você é durão, vai botar você de joelhos e
você vai ficar assim para sempre, se você deixar.”
“Você , eu, ninguém vai bater tão duro como a vida. Mas não se trata de bater duro…”
“… se trata de quanto você aquenta apanhar e seguir em frente, o quanto é capaz de agüentar
e continuar tentando. É ASSIM que se consegue vencer!”