terça-feira, 26 de novembro de 2013

O papel da masculinidade Zeta perante a escalada da degradação masculina

Rotineiramente mulheres me perguntam se sou casado. Mulheres que tenho que encontrar por causa do meu trabalho me perguntam isto, mulheres que tenho que conviver socialmente me perguntam isto e mulheres tanto solteiras quanto casadas vivem me perguntando isto, sem excessão. As vezes eles até avançam o sinal – e perguntam “onde está sua esposa?” ou já acham estranho e perguntam “porque você não se casou?”
Sou um homem de 41 anos, bem empregado, e sempre fui solteiro. Eu gosto disto, e não tenho planos para me casar, nunca. A razão disto é que para um homem o casamento não oferece nada mais que sacrifício e servidão. Parte disto vem da convenção moderna que transformou a antiga formação familiar, e parte por causa das mulheres da sociedade na qual convivo, com suas expectativas, direitos e qualidades.
Eu reforço minha posição mais uma vez, agora explicitando para que não tenha mais desentendimentos. Eu não sou um solteirão sozinho no mundo. Eu não “perdi” o casamento. Eu simplesmente vi, na juventude, que o casamento é uma construção que dá vantagens para um lado e imensos problemas e riscos sociais, legais e financeiros para o outro lado envolvido.
Eu amo ser solteiro. Eu amo minha autonomia social, a liberdade financeira e o fato que não tenho que dar satisfação para ninguém, só para mim mesmo. Sendo um homem com pouco mais de 40 anos eu também aproveito um nível de prestígio social e poder que venho construíndo em minha vida desde os meus 28 anos de idade. O poder social, sexual e pessoal de uma mulher sempre está preso a sua juventude, e atinge o seu pico por volta dos 20 e poucos anos. Nesta idade, eu estava mais ou menos à mercê das minhas contemporâneas, e sendo o tradicional “cara legal”, eu era praticamente invisível para elas e não tinha a mínima dominância social.
Em adição ao aumento natural do poder social de um homem conforme o tempo e seu esforços passam, eu também estou cada vez mais me desconectando com a pressão psicológica do conformismo masculino. Este é um produto da minha personalidade alegre e beligerante, mas também é por ter abraçado uma nova forma de auto identidade masculina, que será exposta mais para frente neste artigo.
Correlacionando a elevação do prestígio social de um homem tranquilo nos seus 30 e poucos anos em diante tem o fato gritante que entre as mulheres solteiras em desta faixa etária, e mais jovens – há uma insatisfação real. Isto geralmente é expresso na forma de perguntas retóricas “onde estão todos os bons homens?” ou “porque não há mais caras legais?” (Uma das respostas para isto pode ser lida aqui). A resposta para esta pergunta é a mulher, mas não simplesmente algo no senso de “mulheres são ruins”, quero dizer mais no sentido do sistema de leis e regras que nós temos atualmente.
Esta é uma sociedade feminista que tratam os homens como meros caixas eletrônicos e doadores de esperma, e se cada vez mais os homens passarem a ver isto sob os termos gritantes que usei agora, mais deles começarão a entender isto. A mídia muitas vezes repete que homens que fogem do matrimônio tem é “medo de se comprometer” e isto é claramente usado para humilhar homens que não aceitam ser bestas de carga ao assumir um papel de protetor que se auto sacrifica, de provedor e facilitador de uma mulher que, na presente cultura geral, os considera como meros animais domésticos.
Alguns comentadores sociais mais frouxos associam a independência masculina como um prolongamento da adolescência e suas irresponsabilidades. Michal Himmerl, o renomado apologista da supremacia feminina e que vive denigrindo a imagem dos homens, recentemente publicou um artigo que condenava a auto realização masculina usando esta tática de intimidação, com o título de “Terra dos Garotos”.
Kay Heimowitz, publicou “crianção na terra prometida”, outra tentativa nojenta de impor que a atitude masculina “correta” é a servidão à muler, e a auto realização masculina não passar de uma irresponsabilidade.
A idade adulta de um homem costumava ser começar uma família, ter filhos, comprar uma casa e ter outros símbolos de respeitabilidade social. Os homens de hoje estão cada vez mais evitando seguir tal caminho, e analistas sociais estão condenando tal escolha. Mas aqueles que acham irresponsabilidade os homens abandonarem os tradicionais indicadores de respeitabilidade masculina não querem enxergar um ponto importante.
Não há nada mais que valha a pena para os homens. Para um crescente número de homens que estão acordando para a realidade de viver numa sociedade feminista, não há nada atrativo, pelo contrário, há é um repelente para ele se tornar um bom maridinho, pai, provedor, protetor e besta de carga de uma família. Mesmo homens criados por mães solteiras, que foram criados com doses cavalares de senso comum feminista, estão rejeitando estas amarras que esta masculinidade “tradicional” oferece. A versão normatizada que as feministas impõem para ser um “homem de verdade” nada mais é que a especificação técnica de um robô operário que parece ter saído de algum filme de ficção científica. Serviço, auto sacrifício, altruísmo, abnegação, mas nada de realizações pessoais. Mesmo com a imposição sem fim que homens não passam de imbecis, muitos homens estão se tocando e rejeitando isto.
É claro que isto terá efeitos sérios a longo prazo. A marginalização de um homem na sociedade é um jeito garantido de se fazer que uma nação perca sua força competitiva. São os homens que trabalham na grande maioria dos serviços baseados em produzir e extrair recursos, assim como na produção. A mudança de uma economia baseada em fabricação e extração de recursos para uma baseada em serviços só levará ao colapso da economia nacional.
Entretanto, este nem é o efeito mais preocupante da degradação do homem na sociedade ocidental. Uma mera marginalização masculina na economia pode ser consertada em um perído de poucas décadas. O que está acontecendo em resultado da marginalização do homem é a redefinição autônoma da identidade pessoal entre aqueles homens mais alertas e mais fortes psicologicamente em nossa sociedade. Isto istá sendo discutido nos meios masculinistas sob o termo ainda não bem definido da masculinidade zeta.
A masculinidade zeta não é uma redefinição da rejeição geral da sociedade acompanhada de uma negação da realidade. Isto seria como renomear a palavra “vadia” da sua tradicional denominação de “mulher sexualmente irresponsável” para a definição preferida das feministas de “mulher independente”. Não, a emergente masculinidade zeta é uma construção social totalmente nova, e cada vez mais está provendo um novo caminho para a auto realização masculina e uma razoável liberdade social e financeira para os homens que a adotam. A masculinidade zeta é um modelo para a identidade masculina onde um homem pode ser bem sucedido, se realizar e prosperar – e neste mundo onde cada vez mais o homem é marginalizado, isto faz com que um macho zeta seja alguém extremamamente perigoso para a ideologia feminista.
No mundo real, a sociedade depende da inovação que os homens criam, do seu trabalho, da força masculina e de sua proteção. A “realidade” política e social tenta encobrir estas verdades inconvenientes, e a crescente feminização da sociedade precisa que os homens, marginalizados e criminalizados, paguem o pato e continuem a prover a força bruta para que a sociedade continue a funcionar. O surgimento do macho zeta ameaça esta exploração masculina, já que ele desafia o senso comum criado por esta sociedade que mantém a identidade masculina em constante desprezo. As táticas de intimidação usadas pela grande mídia contra homens que “fogem de suas obrigações” é baseada neste fato.
Nos meus antigos artigos como um masculinista, eu tinha o objetivo de evitar ou reduzir o real dano que a sociedade que a remoção da auto realização masculina poderia ter. Isto mudou. Os críticos da auto realização masculina, homens que “falham” em se conformar a satisfazer as vontades de uma mulher sabem muito bem os perigos de cada vez mais homens pulando fora desta armadilha e seguindo seu próprio destino. Eles tão certos em enxergar isto como malígno para a sociedade.
O que eu discordo destes críticos agora é em ter que investir neste atual status quo. Não é algo que vale mais a pena preservar.
Um sistema altamente corrupto não vale mais a pena ser salvo, e não vale o investimento de se tentar consertá-lo. A masculinidade zeta provê uma opção viável para a liberdade pessoal masculina. Como masculinista, sou um grande crítico da atual visão geral da sociedade feminizada. Ao invés de tentar consertar ou evitar as consequências negativas da marginalização masculina, eu prefiro é assistir de camarote uma sociedade que depende dos homens enquanto os criminalizam cair sob o peso de seus próprios erros.
Entretanto, antes que alguém me acuse de ser antissocial, frustrado ou qualquer outro termo perjorativo que o dicionário feminista sempre usa num momento desses; eu digo que as raízes dos meus valores pessoais são a ordem, a não violência e a paz.
Tenho pendurada na parede uma cópia da Carta Magna – não proque sou um fã autoritário de regras, mas sim porque aquele documento representa, ao meu ver, a fundação das liberdades civis individuais para os humanos na sociedade ocidental. Os países ocidentais foram pervertidos em uma sociedade proto totalitária que se uniu com uma indústria que promove a guerra entre os sexos, é algo trágico, mas eu não moverei uma palha para arrumar um sistema que se permitiu perverter. Eu darei risadas enquanto ele desmorona. Eu irei rir porque sei que há um outro caminho viável. O colapso potencial da sociedade civil não exige a pobreza universal e brutalidade de um mundo sem o caminho para a identidade masculina zeta exigiria.
É claro, os adeptos da cultura dominante atual de denegrir a masculinidade são bem-vindos para migrar sua visão de mundo para uma compatível com a masculinidade zeta, se eles têm a maturidade e para isto. Mas o convite não deve ser confundida com uma passagem livre ou de isenção de responsabilidade. Também não será um convite aberto para sempre.

Um comentário:

  1. excelente texto. eu tenho visto que nos EUA a masculinidade zeta anda bastante forte, muito masi forte do que aqui. eu acho que os brasileiros precisam ler os textos gringos sobre ''zeta male''. uma coisa importante do zeta é que ele põe sua sobrevivencia acima da aprovaçaõ social e sexual. o zeta despreza completamente a aprovação social e aprovação sexual.

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